Doação de órgãos
Crédito: Freepik

Doação de órgãos: saiba como ser um doador e salvar vidas

Sabia que alguns órgãos podem ser doados em vida? Veja como se tornar um doador, em vida ou após sua morte

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A ciência está evoluindo nas tecnologias para transplante de órgãos e transfusão de sangue, mas, continua sendo muito importante poder contar com a doação de órgãos de centenas de pessoas para salvar a vida de muitas outras.

Se você quer ser um doador de órgãos, mas tem dúvidas sobre como ser doador, quem não pode ser e quais órgãos podem ser doados, vamos falar sobre isso agora.

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A doação de órgãos só se faz depois de morrer?

Depende. A doação de órgãos pode ser feita em vida quando o órgão doado não vai comprometer a saúde da pessoa que fizer a doação.

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Por exemplo, nós temos dois rins, então, se doarmos um deles ainda em vida, podemos continuar vivendo normalmente com o outro rim, desde que ele esteja funcionando em plenas capacidades.

Mas, para doar o coração, não dá certo. Como só temos um, não é possível doá-lo em vida, só depois de morrer, se ele estiver saudável o suficiente para ser doado.

Quais órgãos que podem ser doados?

De acordo com informações dos profissionais do laboratório Pfizer, é possível fazer a doação de órgãos variados, às vezes em vida ou apenas depois da morte encefálica, dependendo do órgão.

A morte encefálica é quando acontece a parada definitiva do encéfalo, que é o cérebro e o tronco cerebral, provocando a falência de todo o organismo.

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Veja a seguir quais são os órgãos, se podem ser doados em vida ou depois da morte e quando é recomendado o transplante.

Coração

O transplante só pode ser realizado por meio de um doador falecido, com morte encefálica constatada. O transplante de coração é recomendado a pessoas com insuficiência cardíaca e que não respondem a nenhum tratamento ou cirurgia.

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Válvulas cardíacas

Esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doenças da válvula do coração. Em alguns casos, não é possível usar para transplante o coração de um indivíduo que teve morte encefálica, porém, as válvulas podem ser doadas e mantidas em um banco de válvulas até alguém precisar.

Fígado

É um órgão que tem a capacidade de regenerar-se, por isso, o doador pode doar parte de seu fígado em vida, e o órgão irá reconstruir sozinho a parte que foi retirada para doação. Esse tipo de transplante é realizado principalmente em casos de cirrose hepática.

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Pulmão

Esse tipo de transplante é indicado para pessoas com doença pulmonar grave, tais como fibrose cística, pulmonar e enfisema. Em situações especiais, uma parte do pulmão pode vir de um doador vivo e são necessários dois doadores para um receptor.

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Ossos

Implantes dentários, transplantes para lesões da coluna e próteses são alguns tipos de transplantes para ossos, que podem ser realizados por meio de cirurgias simples. Os ossos doados podem ser mantidos em um banco por um longo período.

Medula óssea

É responsável por produzir componentes do sangue e é usada para a cura de doenças que afetam as células do sangue, como a leucemia. A doença da medula óssea é a única forma de doação que mantém um banco de doadores e que também é permitida a crianças e gestantes.

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Rim

Os rins, por serem dois, podem ser doados tanto em vida quanto após o falecimento. A doação do rim geralmente é feita para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal crônica, entre outras doenças renais.

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Pâncreas

Esse tipo de transplante é feito a partir de doadores falecidos e geralmente é realizado junto com o transplante de rim, pois o pâncreas é um órgão que atua na digestão dos alimentos e também na produção de insulina, elemento responsável pelo equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue. O transplante é feito em pessoas com diabetes e sérios problemas renais.

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Córneas

O transplante só pode ser feito a partir de doadores falecidos, com idade entre 2 a 80 anos. Ceratocone e distrofia do endotélio são algumas das doenças graves que podem afetar a córnea, parte do olho que controla a passagem de luz para a retina.

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Pele

A doação pode ser feita por pessoas falecidas ou aquelas que removeram partes da pele em cirurgias estéticas. O transplante de pele é recomendado em caso de pessoas que sofreram extensas queimaduras ou doenças dermatológicas graves.

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Como ser um doador de órgãos?

Qualquer pessoa pode se candidatar à doação de órgãos, em vida ou depois de morrer, deixando esse desejo avisado aos parentes e pessoas próximas.

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Existem apenas alguns requisitos, que são: ser maior de 18 anos, ter condições adequadas de saúde e ser avaliado por um médico para realização de exames.

Uma dúvida que muitas pessoas têm é se alguma religião proíbe a doação de órgãos, e a boa notícia é que não. Pessoas de qualquer religião podem doar órgãos.

Para ser um doador em vida, você pode acessar o site da Aliança Brasileira pela doação de Órgãos e Tecidos (Adote), fazer seu cadastro e download do cartão de doador.

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Além do cadastro, avise aos seus familiares de primeiro ou de segundo grau que você deseja doar seus órgãos depois de morrer. Assim, estas pessoas poderão autorizar a doação de órgãos do seu corpo após o seu falecimento.

Quem não pode ser doador?

  • Portadores de doenças infectocontagiosas, como soropositivos ao HIV, hepatites B e C, doença de Chagas, entre outras.
  • Pessoas com doenças degenerativas crônicas ou tumores malignos.
  • Pacientes em coma ou que tenham sepse ou insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas (IMOS).

Veja também: Tabela de doação de sangue: quem pode doar e como fazer

Fonte: Pfizer

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