Transplante de medula
Crédito: Freepik

Transplante de medula óssea: saiba quando é necessário e como é feito

Existe o transplante das células do próprio paciente e o transplante de células de um doador

Publicidade

O transplante de medula óssea é feito em casos de doenças graves que afetam a medula óssea, impedindo-a de cumprir com a sua função de produzir células do sangue e do sistema imune.

Em alguns casos, a medula é retirada da própria pessoa para ser reinjetada, depois de um tratamento. Em outros, a medula é de um doador. Veja quais são os tipos de transplante de medula e como é a cirurgia.

Tipos de transplante de medula

O transplante de medula autólogo ou “autotransplante”, retira células saudáveis da medula antes de iniciar um tratamento, como quimioterapia ou radioterapia. Depois do tratamento, as células saudáveis são injetadas novamente no organismo para permitir a criação de mais medula saudável.

O outro tipo mais comum, que mais ouvimos falar, é o transplante de medula alogênico. Neste tipo, as células a serem transplantadas são retiradas de um doador saudável e compatível com o receptor. Elas são injetadas no paciente, se adaptam ao organismo devido à compatibilidade, e começam a criar mais medula saudável.

Publicidade

Um terceiro tipo de transplante é uma prevenção para quem vai ter bebê agora e acha importante pensar no futuro.

Depois do nascimento, as células estaminais do cordão umbilical do bebê são armazenadas em um laboratório para o caso de, no futuro, precisar tratar câncer e outros problemas de saúde com células-tronco, sem depender de doadores disponíveis.

Veja também: Tipo de sangue não será mais barreira para transplantes, afirma estudo

Em quais casos é recomendado?

A medula óssea fica localizada no núcleo dos ossos e é muito importante para a saúde. É neste precioso líquido que estão as células-tronco hematopoiéticas, ou CTH, que são as responsáveis pela produção das células sanguíneas e do sistema imune.

Publicidade

Quando existem doenças que afetam o sangue ou o sistema imunológico, pode ser necessário fazer o transplante. São os seguintes casos:

  • Alguns tipos de anemia, como anemia aplástica, falciforme ou talassemia;
  • Câncer da medula, como leucemia, linfoma ou mieloma múltiplo;
  • Lesões na medula devido a tratamentos agressivos, como quimioterapia;
  • Neutropenia congênita.

Como é feito o transplante de medula?

O primeiro passo é fazer alguns exames. No autotransplante o paciente faz exames que avaliam seu estado de saúde e a evolução da doença.

No transplante alogênico de um dador diferente são feitos testes de compatibilidade para garantir que as células podem ser usadas no paciente.

Publicidade

Estando tudo certo com os exames, é feita a recolha da medula. O dador, ou o próprio paciente, é colocado sob anestesia geral ou epidural e é realizada uma pequena cirurgia, com ajuda de uma agulha, para retirar a medula do interior dos ossos do quadril.

Essas células são congeladas e guardadas até que o transplante de medula possa ser feito.

Antes do transplante o paciente deve fazer um tratamento de condicionamento, que consiste em fazer quimio ou radioterapia com o objetivo de eliminar todas as células malignas e destruir a medula.

Publicidade

Só então é possível fazer o procedimento do transplante das novas células, que irão multiplicar-se e dar origem a uma nova medula saudável.

O procedimento é parecido com uma transfusão de sangue. O médico utiliza um cateter, que é um tubo fino, para introduzir as células retiradas do doador na corrente sanguínea do paciente.

Esse procedimento pode demorar de 30 minutos a 2 horas.

Publicidade

Depois é só seguir as recomendações do médico e voltar a todas as consultas para fazer o acompanhamento da formação da nova medula óssea saudável.

Veja também: Tratamento para esclerose múltipla com transplante de células-tronco

PODE GOSTAR TAMBÉM