Solidão
Crédito: Freepik

Solidão pode ser combatida com voluntariado, aponta estudo

Estar sozinho é bom, mas se sentir solitário não é. Se você está passando por isso, saiba que a mudança depende de uma atitude sua

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A solidão pode ser sentida mesmo quando você está cercado de pessoas. De nada adianta ter gente por perto, mas os relacionamentos não serem de qualidade.

Agora, nessa época de pandemia, a solidão afetou ainda mais as pessoas, inclusive porque muitas foram obrigadas a ficarem em casa isoladas.

Então, para combater esse sentimento angustiante e triste de solidão, pesquisadores norte-americanos acreditam que a solução é servir ao próximo.

Veja também: 5 sinais de solidão que podem estar afetando sua saúde

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A “epidemia de solidão” já era prevista

Não há como deixar a pandemia de lado ao falar sobre a solidão, pois, logo no início de toda essa calamidade, pesquisadores já previam o que chamaram de “epidemia de solidão”.

Com a necessidade do distanciamento social e do isolamento, ficou claro que as pessoas teriam que lidar com mais essa crise emocional, podendo resultar em problemas como ansiedade, depressão e suas consequências.

Para comprovar essa possibilidade, o National Health and Aging Trends Study realizou uma pesquisa com os estadunidenses, em 2019, e chegou a resultados alarmantes.

Três em cada cinco pessoas entrevistadas relataram se sentir solitárias, o que os pesquisadores atribuíram a uma variedade de fatores, como a falta de uma rede de apoio, interações significativas pouco frequentes, saúde física e mental precária e desequilíbrio nas atividades diárias.

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Além disso, quase um quarto das pessoas com 65 anos ou mais são consideradas socialmente isoladas, mesmo antes da pandemia, que chegou para piorar a situação. Como resultado, essa população fica mais suscetível à depressão, ao declínio cognitivo e a maiores taxas de mortalidade.

Veja também: Como lidar com a solidão mesmo estando sempre conectado

A solidão pode ser combatida ajudando os outros

Se sentir sozinho é realmente triste e pode gerar problemas psicológicos. Então, a sugestão dos profissionais da área de saúde mental é que as pessoas comecem a ajudar mais umas às outras, mesmo se tratando de desconhecidos. A ideia é que o voluntariado encha o coração de alegria e traga um novo propósito de vida.

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Em um estudo com 10 mil pessoas no Reino Unido, cerca de dois terços concordaram que seu trabalho voluntário os ajudou a se sentir menos isolados, especialmente aqueles com idades entre 18 e 34 anos.

De acordo com Sam Boyd, diretora de gestão de voluntários da Special Olympics Maryland, é verdade que as pessoas saem renovadas e mais felizes de uma ação de voluntariado, na qual podem proporcionar alegria aos outros.

Segundo ela, ao se voluntariar, “você também pode saber mais sobre si mesmo e ampliar sua visão de mundo”, o que significa que o voluntariado funciona como uma terapia de autoconhecimento e evolução pessoal.

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E tem mais. Além do bem-estar emocional, o voluntariado pode contribuir com o bem-estar físico, já que uma coisa está diretamente ligada a outra.

Um estudo de cinco anos com mais de 800 pessoas em Detroit descobriu que ajudar outras pessoas que não moram com você pode agir como uma proteção contra os efeitos negativos do estresse.

Os participantes do estudo foram pessoas que enfrentaram eventos de vida estressantes, como doença, perda do emprego ou dificuldades financeiras.

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Aqueles que gastavam tempo fazendo tarefas para os outros — como cuidar dos filhos ou ajudar no trabalho doméstico — tinham menos probabilidade de morrer do que aqueles que não ajudaram os outros.

Como ser voluntário de algum projeto?

Bom, depois de saber que a solidão pode ser combatida com o voluntariado e que você pode se transformar em uma pessoa melhor com isso, é hora de saber como fazer.

Na verdade é muito simples, pois você não precisa se inscrever em uma ONG famosa para ser voluntário ou para ajudar aos outros.

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Basta que você olhe em volta e comece a enxergar as pessoas com olhos de empatia, observando quem elas são e do que elas precisam.

Você pode oferecer ajuda a um vizinho ou parente que esteja precisando, ou mesmo a uma pessoa que vive em situação precária, e pode ser qualquer tipo de ajuda que puder oferecer, inclusive uma boa conversa.

Mas, é claro que a sua ajuda em uma ONG será bem-vinda, basta você procurar no Google por ONG’s na sua cidade, seja para ajudar pessoas ou animais.

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A questão é oferecer uma parte de você para os outros; é fazer o bem sem olhar a quem e ver esse bem voltar para você como retribuição.

Quando você se doa e se sente feliz ao ver a gratidão nos olhos dos outros, a transformação começa no seu interior. E quanto mais você praticar isso, melhor vai se sentir. A solidão vai ficando para trás, pois agora você ocupa sua mente com os sorrisos das pessoas que ajudou.

Artigo com informações de O Globo Saúde

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