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Síndrome de burnout: o que é, sintomas e tratamento

Reconhecida recentemente pela Organização Mundial de Saúde, essa síndrome pode ter consequências graves

Crédito: Freepik

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De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome de burnout é também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. Ela é caracterizada como “um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes“. 

Para o Ministério, essa doença se manifesta principalmente devido a uma grande competitividade ou carga de responsabilidade. Acima de tudo, é comum nas áreas de educação e saúde. Além disso, o excesso de trabalho tem um forte impacto, ainda mais, quando sob pressão e estresse.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), adicionou o burnout à Classificação Internacional de Doenças (CID), mostrando seu crescente impacto na sociedade. Para ela, a inclusão ocorre devido a “fatores que influenciam o estado de saúde ou o contato com os serviços de saúde”.

Para a OMS, a principal causa da síndrome é o estresse crônico em um ambiente de trabalho mal gerenciado e existem quatro principais dimensões da doença:

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  • Esgotamento físico e mental;
  • Distanciamento mental;
  • Negativismo ou cinismo no trabalho;
  • Queda de produtividade.

Sintomas da síndrome de burnout

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O Ministério da Saúde enumera os principais sintomas da síndrome. Veja uma lista completa dos sintomas mais comuns da síndrome.

1. Esgotamento físico

Deitar à noite com o corpo exausto e acordar da mesma forma, dificuldade para dar pequenas caminhadas e até para atividades simples. Evitar fazer atividades que são importantes, mas não fundamentais por não querer se levantar também é um indício.

O que muitas vezes parece preguiça ou má vontade, quando parece que qualquer esforço não inviabiliza o movimento, pode ser esgotamento físico. Da mesma forma, as idas ao cafezinho, para beber água ou ir ao banheiro se tornam escassas.

2. Cefaleia

Assim como o cansaço persistente pode prejudicar e agravar o caso, a dor de cabeça contínua e fraca pode estar presente. É como uma pressão constante, uma dor leve, gerenciável, porém incômoda, que dificulta ainda mais o dia.

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Ela também pode apresentar episódios mais intensos, podendo chegar a enxaqueca, acima de tudo em uma pessoa tenha predisposição. Como a dor pode permanecer por um longo período, consequentemente acaba agravando o quadro geral.

3. Alterações no apetite

É muito comum ocorrerem alterações no apetite do paciente, ainda mais em fases adiantadas da doença. Essa alteração pode ser mais voltada ao excesso ou à total falta de apetite, prejudicando a saúde do profissional.

Parece que a comida deixou de ter sabor, de ter graça, tendo como resultado diversos problemas relacionados ao metabolismo. Claro que o mesmo acontece nos casos de excesso de alimentação, muitas vezes somente para compensar o estresse.

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4. Insônia

Noites maldormidas e muita dificuldade em pegar no sono são características comuns a quem sobre com a síndrome de burnout. Levar horas deitado na cama ou nem ao menos tentar já é comum.

Além disso, parece que o sono não se torna profundo o suficiente, levando a séries de pequenos despertares durante a noite. Outro fator é que, mesmo pegando no sono, não chega a cair em sono profundo.

5. Problemas cognitivos

Dificuldade de compreender e se concentrar também podem estar presentes no quadro de sintomas da síndrome de burnout. Além disso, lapsos de memória podem se tornar cada vez mais comuns.

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Isso leva a uma dificuldade em realizar até tarefas simples, como interpretar ou redigir um relatório ou atender a um cliente de forma eficiente. Certamente ocorrerão falhas com prazos de entrega e/ou qualidade na execução.

6. Problemas psicológicos

Da mesma forma que a mente física sofre com a doença, também sua parte psicológica pode apresentar alguns sinais de alerta. Como resultado, surgem sentimentos de insegurança e fracasso, agressividade, depressão, ansiedade, negatividade e falta de esperança.

Além disso, podem surgir alterações de humor, sentimento de incompetência e necessidade de isolamento. Quase sempre, isso leva a uma queda de produtividade e de qualidade nas relações sociais.

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7. Problemas físicos

Também o corpo sofre com a presença da doença, tendo como resultado problemas de hipertensão arterial, dores no corpo, problemas gastrointestinais e taquicardia. Além disso, pode apresentar, como já exposto, dor de cabeça e enxaqueca.

Também podem surgir quadros de sudorese, problemas respiratórios como asma e agravamento de alergias. Problemas para ir ao banheiro, seja constipação ou até mesmo gases e diarreia, também são comuns.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é mais complexo, pois pode ser confundido com outras doenças, com sintomas similares. Primeiro de tudo, é analisar o histórico do profissional e perceber que as mudanças são recentes, crescentes e marcantes.

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Quando perceber o ocorrido, a pessoa deve ser encaminhada para um clínico geral, para avaliar as condições físicas. Ao mesmo tempo, também um psicólogo é necessário, para avaliar a condição geral e dar as ferramentas para a recuperação.

O Sistema Único de Saúde (SUS) conta com o apoio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), para dar o atendimento necessário, gratuitamente. Ele disponibiliza desde o diagnóstico inicial, até o tratamento e medicamentos, se necessário.

Qual o tratamento

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Acima de tudo, deve-se buscar compreender a causa da crise e buscar formas de lidar com ela, para que o tratamento tenha resultado. Provavelmente, o paciente será encaminhado para a realização de psicoterapia, buscando formas de lidar positivamente com a situação.

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Além disso, o uso de medicamentos com foco antidepressivo ou ansiolítico pode ser recomendado. É um processo complexo, consequentemente, as melhoras podem acontecer em um prazo de um a três meses depois do início do tratamento, estendendo-se até quando for recomendado.

É fundamental que se faça alterações nas condições de trabalho e no estilo de vida do paciente, buscando uma alimentação balanceada, prática de atividades físicas e hobbies. Porém, melhor do que tratar é prevenir. Veja o que o Ministério da Saúde recomenda para evitar a doença:

  • Estabeleça pequenos objetivos no trabalho e em casa;
  • Tenha hobbies;
  • Saia com a família e os amigos;
  • Quebre a rotina de vez em quando;
  • Se afaste de pessoas negativas;
  • Converse sempre sobre o que sente;
  • Faça atividades físicas;
  • Não consuma álcool ou drogas;
  • Não se automedique.
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