Menu

Varíola dos macacos: mais um alerta mundial de doença viral

Essa doença pode ser transmitida de pessoa para pessoa, mas o contato deve ser bem próximo e mais prolongado. Mesmo assim, vale o alerta!

Foto: Public Health Image Library of the Centers for Disease Control and Prevention.

Publicidade

Para conseguir lidar emocionalmente com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas preferem pensar que “depois disso, tudo vai melhorar”. Bem, é importante manter a esperança. Mas, os novos casos de varíola dos macacos pelo mundo nos mostram que não podemos baixar a guarda.

Por mais que seja exaustivo começar a se preocupar com outra doença viral, infelizmente precisamos falar sobre o assunto para evitar que outras milhares de pessoas sejam vítimas em mais uma pandemia.

Então, saiba agora o que é a varíola dos macacos, quais os sintomas e o que fazer caso notá-los, e saiba também como está a situação atual dos novos casos dessa doença no mundo.

Veja também: 13 Doenças causadas por vírus: transmissão, sintomas e tratamentos

Publicidade

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma infecção viral rara, semelhante à varíola humana. A transmissão normalmente acontece do animal para a pessoa, em florestas da África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico.

Antes desse surto, a doença era normalmente identificada em pacientes que viajaram ao continente africano. Só que, agora, os novos casos têm sido relatados em pessoas que não visitaram essas regiões.

Segundo a conselheira médica chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), Susan Hopkins, a transmissão comunitária na Europa – quando o contágio é entre pessoas no mesmo território sem histórico de viagem ou origem definida – já é uma realidade.

Portanto, casos de contágio entre seres humanos podem acontecer. Quando ocorrem, são pelo contato próximo e prolongado com lesões, fluidos corporais (inclusive contato sexual), compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias.

Publicidade

A varíola dos macacos começa por se manifestar através de:

  • Febre
  • Arrepios
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Exaustão
  • Inchaço dos nódulos linfáticos

Aproveite e veja: Banho ajuda a baixar febre? Veja como fazer do jeito certo

Cerca de 1 a 3 dias após o surgimento da febre, podem aparecer erupções cutâneas, primeiro no rosto, espalhando-se depois para outras zonas do corpo, incluindo órgãos genitais.

Publicidade

Essas erupções passam por algumas fases e, quando as crostas caem, a pessoa deixa de ser infecciosa (não pode mais contaminar os outros).

A varíola dos macacos é autolimitada em semanas – a maioria dos doentes recupera em 2 a 4 semanas – e o seu tratamento tem como objetivo o alívio dos sintomas.

Atualmente, não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. Nos casos severos, pode ser considerado um medicamento antiviral específico, sobretudo em casos de internamento hospitalar.

Publicidade

Tem vacina?

Conforme informações da OMS, não existe uma vacina específica para a varíola dos macacos, mas os dados mostram que os imunizantes utilizados para erradicar a varíola tradicional, em 1980, são até 85% eficazes contra essa versão.

Mitos e verdades da vacina: saiba por que vacinar

Como prevenir a varíola dos macacos?

Embora possa ser transmitida de pessoa para pessoa, o contágio dessa forma exige um contato mais prolongado e bem próximo da pessoa infectada.

Então, o risco de contágio ainda é maior para pessoas que vão viajar para países da África Central ou Ocidental. Se for o caso, é importante tomar os seguintes cuidados:

Publicidade
  • Fazer a higiene frequente das mãos, sobretudo após o contato com animais ou pessoas infectados, lavando as mãos com água e sabão ou usando álcool-gel.
  • Não se aproximar de animais selvagens, incluindo animais mortos.
  • Evitar contato com materiais, como roupa de cama ou toalhas, que possam ter estado em contato com pessoas infectadas.
  • Não ter contato próximo com pessoas que não se sintam bem e que possam ter varíola dos macacos.
  • Ingerir apenas carne bem cozida.
  • Não ingerir ou tocar em carne de animais selvagens.

Aproveite e veja: Por que não se deve lavar carnes antes do preparo?

Casos em vários países

Desde o início de maio de 2022, foram registrados casos no Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Suécia, Espanha, Portugal, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Canadá, Israel, Suíça e Áustria.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 92 casos e 28 suspeitos já foram identificados em países onde o vírus não é endêmico — e alertou que mais infecções provavelmente serão confirmadas em breve.

Publicidade

Na Alemanha, um dos casos registrados foi de um brasileiro, que também passou por Portugal e Espanha, e permanece na Alemanha em tratamento. Ainda não há registros de casos no Brasil.

Bélgica decreta quarentena para conter a doença

A Bélgica se tornou o primeiro país a introduzir uma quarentena obrigatória para as 4 pessoas infectadas com a varíola dos macacos (monkeypox, em inglês).

Quem tiver o diagnóstico confirmado para a infecção será obrigado a cumprir um período de 21 dias de quarentena, sem contato algum com outras pessoas.

Publicidade

De acordo com o jornal belga La Libre, a decisão foi tomada na sexta-feira (20/05) pelo Grupo de Avaliação de Riscos da Bélgica (RAG) e autoridades de saúde do país.

A região vive o maior surto da varíola dos macacos já registrado, de acordo com o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha.

Veja também: Atraso de 1 minuto em voo obrigou passageiros a cumprir 10 dias de quarentena

Publicidade

Caso na Argentina

O Ministério da Saúde da Argentina anunciou, no dia 22 de maio de 2022, que foi detectado o primeiro caso suspeito de varíola do macaco do país, e também da América Latina.

De acordo com o portal Infobae, o paciente, que mora na província de Buenos Aires, mas viajou à Espanha entre os dias 28 de abril e 16 de maio, está isolado e apresenta bom estado clínico geral.

Veja também: Em Honduras, quem fura a quarentena é obrigado a limpar as ruas

Publicidade

Fontes: MSD Manuals/O Globo

Sair da versão mobile