linfedema
Crédito: Wikimedia Commons

Linfedema: saiba o que é e como tratar esse problema vascular

Sentir braços ou pernas inchaços nem sempre é sinal de ganho de peso, pode ser um problema linfático

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O sistema linfático percorre todo o corpo humano. Ele promove o recolhimento do líquido extravasado pelos vasos sanguíneos, captando muitos nutrientes e células defesa pelo caminho até chegar ao coração e, depois, devolvendo o líquido para a corrente sanguínea. Mas quando esse processo ocorre de forma defeituosa dá-se início ao linfedema. Se nunca ouviu falar, veja agora suas causas e tratamentos.

O que é?

De acordo com o Instituto Oncoguia, o linfedema é a retenção localizada de fluidos que ocorre por causa de alguma obstrução ou bloqueio no sistema linfático. Essa retenção fica nos tecidos moles do corpo, causando inchaço.

O líquido que fica retido nos tecidos moles sai naturalmente da corrente sanguínea e é captado pelo sistema linfático, passando-o a se chamar linfa. Ela é transportada pelos vasos linfáticos e passa pelos órgãos chamados linfonodos, adenoides e baço, recebendo deles as células de defesa do corpo e outros nutrientes para que volte à corrente sanguínea.

Mas quando o líquido não é captado corretamente para dentro dos vasos linfáticos, ele fica acumulado na parte de fora, criando o inchaço nos braços ou pernas chamado de linfedema.

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Causas

causas de linfedema
Crédito: Clínica Las Condes

Ele pode ter causa congênita. Nesse caso, a pessoa nasce com má formação nas vias linfáticas ou nasce sem elas. O problema se manifesta antes dos 35 anos de idade quando é congênito.

Mas o mais comum é que esse problema seja adquirido como consequência de lesões no sistema linfático.

As causas mais comuns dessas lesões são radioterapia, cirurgias para certos tipos de câncer, queimaduras, lipoaspiração, além de cirurgias em vasos sanguíneos e para retirada de gânglios também podem causar.

Sintomas

Os sintomas desenvolvidos podem não ser imediatos. Há casos em que eles podem surgir até mesmo 15 anos depois da lesão no sistema linfático. Quando há sintomas, os mais comuns são:

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  • Dor, sensação de peso ou de aperto, vermelhidão, fraqueza em um dos membros;
  • Diminuição da flexibilidade do punho ou do tornozelo;
  • Sapatos ou anéis passam a ficar apertados.
  • Os membros inchados, habitualmente braços ou pernas, ficam mais vulneráveis a infecções. Pequenos cortes, micoses, arranhões ou picadas de insetos podem se transformar em infecções graves. A cada infecção, a chance de inchar mais e de desenvolver outra infecção aumenta. O linfedema crônico pode ainda vir aliado de fibrose, que é o endurecimento dos tecidos.

Tem cura?

Esse problema é crônico, portanto, não tem cura definitiva. Mas existem tratamentos paliativos e cuidados que devem ser tomados no dia a dia para conviver melhor com o problema, evitando o inchaço e os outros sintomas.

Tratamentos

Os tratamentos recomendados pelo médico vão depender da causa e o estágio do problema, além de outros fatores como o estilo de vida do paciente e seu histórico de saúde. Todos os tratamentos visam manter o problema sob controle, já que ainda não existe cura definitiva.

Cuidados no dia a dia

  • Deve-se lavar a perna ou o braço afetado, secar bem e hidratar com creme ou loção.
  • Atividades como jardinagem ou culinária, que podem resultar em cortes e outros ferimentos, devem ser realizadas com luvas.
  • Se for depilar a região afetada, use um depilador elétrico.
  • Não andar sem calçados.
  • Não cruzar as pernas ao sentar-se.
  • Se um dos braços for afetado, não carregar peso.

Terapias

Muitas pessoas se beneficiam de drenagem linfática ou da utilização de meias ou mangas de compreensão para reduzir o inchaço. Também é recomendado fazer um tratamento de fisioterapia durante 3 a 6 meses, dependendo do caso.

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Remédios

Os remédios são recomendados pelo médico. É utilizada uma medicação linfocinética que tem a capacidade de aumentar a circulação dos vasos linfáticos, reduzindo o inchaço.

Cirurgia

Quando o estágio do problema está avançado pode haver necessidade de cirurgia, mas ainda assim não é para curar por completo, apenas para manter sob controle.

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