Teste encontra substâncias tóxicas e insetos em conhecidas marcas de café

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O café é parte da rotina de quase todos. Há inclusive aqueles que não podem sair de casa sem antes de tomar sua xícara de café. Por isso, os resultados de um teste feito em diferentes marcas de café afeta grande parte da nossa população. Em 2015, a Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) analisou as 14 principais marcas de café comercializadas no Brasil.

As marcas analisadas foram 3 Corações, Bom Jesus, Caboclo, Café Brasileiro, Café do Ponto, Fort, Jardim, Maratá, Melitta, Pelé, Pilão, Pimpinela, Qualitá e Seleto.

Dessas 14, apenas Melitta, Pelé e Pilão estavam dentro dos índices regulamentados, que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), deve ser de 60 fragmentos a cada 25 gramas de café. Nas outras 11 marcas foram encontradas quantidades de fragmentos de inseto acima do tolerado pela Anvisa.

Segundo a Proteste, responsável pela avaliação, esses fragmentos não oferecem risco à saúde, por não se tratarem de insetos considerados vetores de doenças, mas daqueles inofensivos que ficam dentro do grão.

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cafe

Porém, a alta quantidade desses fragmentos nas 11 marcas mostra que tais empresas não estão adotando as práticas de higiene necessárias. O mais preocupantes foi que após os testes a Proteste detectou um mal ainda pior: a ocratoxina A, uma substância que pode causar tumores.

Na marca Café Jardim, foram detectados 27,03 microgramas, quase o triplo do limite permitido pela Anvisa para essa toxina.

De acordo a Proteste, um controle mais rígido deveria ser feito após a colheita do grão a fim de diminuir a quantidade de ocratoxina A. O Café Jardim comunicou que solicitou o resultado completo da pesquisa e a metodologia utilizadas pela Proteste para submeter seus produtos a testes próprios. A empresa garantiu que entrou em contato com revendedores e fez o recolhimento do lote.

A Anvisa recebeu os laudos da análise feita pela Associação de Defesa do Consumidor e afirmou, por meio de nota, que, como apenas uma marca “apresentou inconformidade que representa risco à saúde”, solicitou à vigilância sanitária local a colheita de mesmo lote do produto citado na pesquisa para análise própria e a inspeção sanitária da empresa produtora do Café Jardim.

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Resposta da empresa

A resposta enviada pela empresa, por e-mail, dizia:

“Comunicado à imprensa

São Paulo, 17 de agosto de 2017: Em relação aos testes realizados pelo Instituto Proteste com um lote especifico do café em pó Tradicional embalagem Pouch 500g da Melitta do Brasil, a empresa afirma que desconhece os procedimentos utilizados para o teste dos produtos e reitera que prima pela qualidade, atende e respeita todas as regras da legislação aplicada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A marca tem como prioridade entregar a excelência no produto final e, para isso, possui diversos processos de controle, além de certificados que comprovam o alto nível de qualidade em seus processos, como o Selo de Pureza ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), o Certificado ISO 9001 de gestão de qualidade, o Programa de Qualidade do Café da ABIC e o Programa de Boas Práticas de Fabricação.

A empresa afirma ainda que realiza análises periódicas com laboratórios independentes certificados e que em nenhum momento foram encontradas as irregularidades divulgadas pelo Instituto Proteste. Por respeito e responsabilidade ao consumidor, a Melitta do Brasil vai recolher o lote em questão para refazer as análises.”

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