remover o apendice pode reduzir o risco de Parkinson
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Remover o apêndice pode reduzir o risco de Parkinson

Novo estudo mostra que o risco de desenvolver a doença de Parkinson diminui em quase 20%

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Parkinson é uma doença degenerativa que ataca o sistema nervoso da pessoa. A doença afeta os movimentos do corpo, como andar ou segurar objetos, e não tem cura. Mas um estudo, publicado pela revista Science Translational Medicine, descobriu que remover o apêndice pode reduzir o risco de Parkinson em 20%. Para a pesquisa foram analisados dados de 1,6 milhões de pessoas da Suécia.

Entenda o estudo

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Crédito: Mexico News Daily

As pessoas que tiveram o seu apêndice removido – mais de meio milhão de pessoas das 1,6 milhões estudadas – tiveram um índice menor de desenvolvimento da doença. A cada mil pessoas que não removeram o órgão, 1,4 delas desenvolveram Parkinson. Já a cada mil pessoas que o removeram, 1,17 desenvolveram a doença. Correspondendo a 20% menos chances de desenvolver a doença

O estudo também descobriu que no apêndice de pessoas saudáveis existiam aglomerados de proteína semelhantes aos encontrados no cérebro de pessoas com Parkinson. Com isso, o estudo indica que o Parkinson se inicie no apêndice para algumas pessoas.

A cirurgia de remoção do apêndice também mostrou atrasar a doença, segundo o estudo. Em média, quem retirou o órgão desenvolveu o Parkinson 3,6 anos depois em comparação com aqueles que não realizaram a cirurgia.

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Contudo, os pesquisadores ainda dizem que pessoas saudáveis não devem realizar a cirurgia de remoção de apêndice. O intuito da pesquisa é usar os dados obtidos para tratamentos preventivos para conter os níveis das proteínas maléficas no intestino e impedir que elas vão para o cérebro.

Sintomas iniciais de Parkinson

A doença degenerativa tem sintomas iniciais muito sutis, sendo difícil a percepção logo no início. Os sintomas comumente afetam um único lado do corpo e podem apresentar maior ou menor intensidade, dependendo da pessoa. Caso apresente um dos sintomas, procure um médico neurologista para dar o diagnóstico mais preciso e dar início ao tratamento, caso necessário.

1. Tremores

Os tremores são sempre associados a doença de Parkinson, mas não afetam todos os seus portadores. Nas pessoas em que o tremor se manifesta, ele é mais comum nas mãos, mas também pode afetar pernas, queixo, língua e lábios.

Ele aparece quando a pessoa está se movimentando, parada e também em repouso. Normalmente o tremor atinge somente um lado do corpo e piora em casos de ansiedade ou estresse.

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2. Rigidez muscular

Os músculos mais rígidos podem ser um primeiro sinal da doença. Normalmente atinge somente um lado do corpo, principalmente nas pernas e/ou nos braços. O endurecimento dificulta a realização de tarefas comuns como se vestir, caminhar e subir ou descer as escadas.

3. Movimentos mais lentos

Andar, mastigar, escrever e abrir e fechar a mão são alguns dos movimentos que se tornam mais lentos no início da doença de Parkinson. A doença diminui a amplitude dos movimentos e até a perda de alguns movimentos.

4. Desequilíbrio

O desequilíbrio é consequência da rigidez muscular e dos movimentos lentos, pois os reflexos se tornam difíceis de serem controlados. Com isso há dificuldade de manter a postura, se equilibrar, andar e só se consegue ficar em pé com a ajuda de um apoio.

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5. Bloqueio de movimentos

Se a pessoa está a andar, escrever ou falar e de repente para de realizar a ação e não consegue retornar por um breve período de tempo, pode ser um sinal da doença de Parkinson.

Fonte: Science Translational Medicine.

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