No dia 16 de janeiro de 2022, um jovem de 20 anos e sua namorada foram supostamente atacados por terceiros enquanto estavam adormecidos na Praia do Ermitão, localizada em um parque ambiental de Guarapari, no Espírito Santo.
Na ocasião, eles afirmaram que “apagaram” na praia depois de um luau em que usaram entorpecentes fortes.
Então, de acordo com a namorada em depoimento para a polícia, ela acordou no início da madrugada e viu sangue sobre os dois. Percebeu que o rapaz tinha muitos ferimentos e a barriga aberta, mas não se lembravam de nada.
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O resgate
Ela confirmou que os fatos aconteceram na praia e que ela pediu ajuda aos vigias do parque por volta das 2 horas da madrugada.
Segundo o comandante do batalhão da Polícia Militar da região de Guarapari, na madrugada do dia 16 os policiais receberam a informação de uma confusão na Praia do Ermitão, e que uma pessoa estava ferida.
Uma equipe foi até o local, mas encontrou apenas uma bolsa, que foi entregue na delegacia. No dia seguinte, a PM soube que havia um rapaz ferido naquela região, que foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Uma reviravolta na história – namorada será culpada?
A notícia não é nova, mas surgiram atualizações surpreendentes. Agora no início de abril, o Ministério Público denunciou a namorada do jovem como a autora do ataque, e ela não mais será considerada uma vítima.
A denúncia que acompanha o indiciamento feito pela Polícia Civil foi entregue à Justiça. No documento, Lívia Lima Simões Paiva Pedra, de 20 anos, agiu “por motivação desconhecida e impulsionada pelo uso de drogas”.
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Ela foi denunciada por lesão corporal grave, mas não foi solicitada sua prisão e ela deve responder em liberdade. Caso seja condenada pelo crime, a pena é de prisão de dois a oito anos.
Segundo o laudo médico, o rapaz tinha lesões no rosto (boca, orelha e sobrancelha) e fratura no nariz, além do ferimento na barriga, um grande corte que deixou seu intestino exposto.
“A denunciada, utilizando objeto cortante, golpeou a barriga do réu e o rosto dele, causando-lhe as lesões gravíssimas estampadas nas fotos e vídeos juntadas aos autos, bem como no prontuário médico, que determinaram a debilidade permanente do intestino delgado da vítima, deformidade permanente e fratura da cavidade nasal e seio maxilar”, diz um dos trechos do documento.
O prontuário médico do jovem, obtido com exclusividade pelo G1 e pela TV Gazeta, mostra vestígios de dosagem alta de fentanil no sangue dele. A substância – um anestésico e analgésico opioide de uso controlado – é 50 vezes mais potente que a heroína e 100 vezes mais forte que a morfina.
Mas, ainda não há informações mais detalhadas se o crime foi premeditado e se havia mais envolvidos. A Polícia Civil confirmou a conclusão do inquérito e disse que detalhes serão divulgados em entrevista coletiva, na sexta-feira, dia 8 de abril de 2022.
O jovem voltou a ser internado
Em janeiro, quando se deu o ocorrido, o jovem estava prestes a viajar para estudar. Mas, ao invés disso, precisou ser internado para tratar das graves lesões que sofreu no ataque. Ele ainda não se recuperou.
O jovem voltou a ser internado, por causa de inflamação e febre, nesta mesma semana em que sua namorada foi denunciada como autora do ataque. Ele estava em casa desde 17 de março, quando teve alta hospitalar.
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Fonte: G1
