Medos infantis
Crédito: Freepik

Medos infantis: veja quais são e como ajudar as crianças a lidar

Até os adultos sentem medo! O importante é ajudar as crianças e adolescentes a lidarem com os medos do jeito certo

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É normal as crianças sentirem medo de várias coisas até certa idade. Como elas vivem numa transição entre o mundo real e o da fantasia, é comum acreditarem no que não existe e verem coisas que não estão ali. Apenas dizer a elas que não precisam ter medo, não adianta. Então, veja agora quais são os principais medos infantis em cada idade e o que fazer para ajudar os pequenos a lidarem com isso.

Os medos infantis mais comuns em cada faixa etária

  • De 0 a 6 meses: perda de apoio, quedas, barulhos intensos;
  • De 7 a 12 meses: pessoas estranhas, separação dos pais;
  • De 2 a 5 anos: separação dos pais, barulhos estranhos, escuro, mudanças ambientais. Algumas crianças podem sentir medo de objetos grandes, máscaras e animais;
  • De 6 a 8 anos: seres sobrenaturais, lesões corporais, escuro, trovoadas, ladrões;
  • De 9 a 12 anos: desempenho escolar, lesões corporais, aparência física, escuro, morte, futuro.

No tópico dos 9 aos 12 anos, você viu que já entraram medos diferentes, que demonstram o desenvolvimento da consciência sobre a morte e o futuro, temas que ainda geram muitas dúvidas nessa faixa etária.

Principalmente agora, nessa época de pandemia, as crianças mais velhas e os adolescentes passaram a ter medos relacionados aos perigos atuais: medo de ficar doente, de perder familiares, de morrer, de perder amigos, enfim, de sofrer e se sentir desamparado.

A adolescência traz formas diferentes dos medos infantis, mas ainda assim é uma fase em que os pais devem prestar apoio aos filhos, pois, muitas vezes, eles não têm estrutura para lidarem sozinhos.

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Aliás, os pais devem perceber os medos dos filhos até eles atingirem a maioridade. Ainda que os medos infantis já tenham sido superados, dos 13 aos 18 anos surgem medos relacionados a falha social e sexualidade.

Veja também: Por que as crianças mentem e como lidar com isso?

Como ajudar crianças e adolescentes com seus medos?

Estar ao lado das crianças e dos adolescentes, prestando apoio com empatia, é essencial para que eles cresçam mais seguros, autoconfiantes e com a inteligência emocional bem desenvolvida. Veja de que formas você pode ajudar.

Evite ser extremo na hora de falar sobre o medo

Na hora de conversar com seu filho sobre algum medo que tenha, evite ser extremo na sua explicação, e isso vale para crianças e adolescentes.

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Isso significa que você não deve ser indiferente, dizendo à criança que não precisa ter medo porque o mostro não existe. E nem deve supervalorizar o medo dela, mostrando que você não sabe como protegê-la do monstro. Seja equilibrado.

Ouça com atenção o que a criança tem a dizer sobre o medo, depois, junto com ela, busque uma solução para enfrentar esse medo.

É nesse momento que você vai incutir a coragem na mente do seu filho, pois ele verá que é preciso agir apesar do medo, e que pode contar com você para isso.

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Ajude no enfrentamento dos medos

Ajudar não quer dizer forçar a criança a enfrentar uma situação que a deixa muito desconfortável. Se fizer isso poderá piorar o medo, que nem era tão grande.

É importante respeitar os limites da criança, ajudando-a a enfrentar o objeto do medo aos poucos, sem pegá-la de surpresa, sem dar sustos, pois não precisa.

No caso de crianças que têm medo de cachorro, crie uma situação em que a criança pode passar a mão em cachorros bem mansinhos;

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Para medo do escuro, veja se resolve a criança ter um “amigo protetor”, que pode ser um brinquedo, um paninho ou experimente deixar um abajur aceso. Tem coisas que não precisam ser “enfrentadas”, como dormir no escuro total.

Em todo caso, o importante é resolver a situação de modo que a criança ou adolescente sinta alívio e perceba que é assim que os medos vão embora: conversando com alguém de confiança e buscando uma solução.

Alguns medos só vão passar com o tempo, então não precisa ficar lutando contra, se puder resolver de forma simples. O medo do escuro é um bom exemplo, pois pode ser resolvido com uma lâmpada acesa.

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Já com os pré-adolescentes e adolescentes as conversas devem ser mais sérias, pois eles já estão na idade de refletir sobre as próprias escolhas e como elas impactam na vida dos outros.

É importante dar a eles o senso de responsabilidade pelos próprios atos, ao mesmo tempo em que deixa claro que eles não são obrigados a nada quando o assunto é seu espaço privado, seu corpo.

E quando os medos infantis são exagerados?

Existem limites para o medo normal. Se a criança ou adolescente começa a mudar seu comportamento de forma negativa, deixando o medo interferir em suas atividades e seu bem-estar, é um sinal de alerta. Nesse caso vale a pena conversar com um psicólogo infantil para fazer uma avaliação.

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Veja também: Dependência emocional nas crianças: até que ponto faz bem?

Artigo com informações de profissionais de saúde mental consultados por UOL Viva Bem

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