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Pai com Alzheimer lembra do filho depois de tratamento com maconha medicinal

O uso da maconha medicinal está sendo discutida pelo governo e pode salvar vidas

Crédito: Freepik

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Existem muitas limitações no uso da maconha medicinal no Brasil, hoje. Atualmente, ela só é permitida em alguns quadros clínicos, sendo recomendada por poucos médicos. Além disso, seu custo é absurdamente caro, pois é proibido plantar cannabis no país. Dessa forma, o óleo de planta inteira tem que ser importado, com a devida autorização.

No mundo, já são 35 países que usam o óleo de canabidiol (CBD), além do THC, outra substância presente na planta, para fins medicinais. No Brasil, é necessária autorização médica, sendo regulamentado o uso através da RDC 17/2015, ajudando pacientes com Alzheimer, autismo, dores crônicas, epilepsia e diversos outros.

O CBD não tem efeito psicotrópico, ou seja, não altera a percepção do paciente. Já o THC, mais voltado para dores, náuseas e pacientes com câncer, pode, sim, dar um barato. O CBD não vicia e quase não tem efeitos colaterais, dada a baixa toxidade, ajudando a equilibrar a atividade química e elétrica excessiva no cérebro.

E foi exatamente o óleo de canabidiol que trouxe uma melhor qualidade de vida para seu Ivo, de 58 anos, e para sua esposa e filho. Eles lidam com o desenvolvimento do Alzheimer.

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Maconha medicinal faz com que pai se lembre do filho

O caso do seu Ivo é apenas mais um em que o CBD tem ajudado de forma concreta, não somente o paciente, mas também a família. Ele já tinha sido levado para diversos médicos, em muitas cidades e tomado muitos remédios diferentes. Nada fazia o efeito desejado e o Alzheimer estava avançando muito rápido.

Ele parou de mastigar, engolir, ir ao banheiro ou tomar banho sozinho. De acordo com seu filho, é como se sua alma tivesse ido embora, dando lugar a “uma pessoa perigosa e agressiva, que já não tinha mais noção de nenhuma de suas funções básicas (…) e seu humor era perigoso”. Enquanto em um momento estava sorrindo, no outro já estava agredindo a família, inclusive a esposa.

Foi quando receberam a indicação do uso do óleo de canabidiol, fazendo o pedido na ANVISA e começando o tratamento. A melhora foi gritante, a ponto de seu filho postar um vídeo, banhado em lágrimas, dizendo que, depois de muito tempo, o seu pai se lembrou dele e disse que o amava. Veja toda a sequência abaixo, desde as crises e agressões no banho até a melhora apresentada, ao final.

Uma melhora impressionante, cientificamente comprovada, utilizando o óleo de CBD, que não tem efeito psicotrópico. Apesar de restrito, seu uso é autorizado, dependendo porém de uma burocracia imensa. Além disso, o custo pode ser proibitivo para famílias com menor poder aquisitivo. Mas esse cenário pode mudar com algumas mudanças na lei.

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Maconha medicinal no Brasil

De acordo com o site do Senado Federal, está em discussão o uso da maconha medicinal, tendo a “sugestão legislativa (SUG 6/2016), apresentada pela Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos, que estabelece regras para fiscalização, regulação e tributação da maconha medicinal. Se for aprovada pela CDH, a sugestão passa a tramitar como projeto de lei”.

O processo seria muito mais complexo, assim como a necessidade de fiscalização, porém pode ser uma boa opção. De acordo com senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), uma forma de ter um maior controle sobre o cultivo seria que o próprio Estado o fizesse. Evitaria o cultivo irregular e uso recreativo da maconha, proibido no país. Veja o vídeo.

Atualmente, para solicitar o uso do medicamento, o paciente (ou seus responsáveis), devem levar o paciente para um médico habilitado para tal. A partir daí, se verificada a utilidade do medicamento, ele solicita para a ANVISA, via site, anexando três documentos e o formulário de solicitação. Em 15 dias, o paciente recebe a autorização (ou não) para importar, devendo enviar a autorização de entrada para a Receita Federal.

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