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Epilepsia: o que é, tipos e causas

Essa doença se manifesta com crises epilépticas recorrentes, súbitas e imprevisíveis e, normalmente, incontroláveis

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Epilepsia é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, por meio de crises epilépticas repetidas, segundo o Ministério da Saúde. Essas crises são súbitas, imprevisíveis e normalmente não são controladas pelo paciente.

Tipos de epilepsia

Ao todo há cerca de 30 tipos de crises epilépticas diferentes. As mais comuns são as denominadas parciais e as generalizadas, a diferença entre elas é o tipo de descarga elétrica excessiva no cérebro, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que faz perder mais ou menos consciência.

Crise generalizada

As crises generalizadas são aquelas que envolvem descargas elétricas em todo o cérebro. As mais comuns deste tipo são:

  • Crises de ausência: é conhecida como “desligamento”, pois a pessoa fica com o olhar fixo e perde o contato com o meio por alguns segundos, como se estivesse realmente desligada;
  • Crises tônico-clônicas: conhecida como convulsão, o indivíduo perde a consciência e pode chegar a cair, ficando com o corpo rígido. Apresenta contrações musculares em todo o corpo, pode morder a língua, salivar intensamente, respirar ofegante e, às vezes, liberar até urina ou fezes.

Crise parcial

As crises parciais são aquelas em que a descarga elétrica se limita a uma área específica do cérebro. Ela pode ser classificada como simples e complexas.

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  • Simples: não altera a consciência do indivíduo, porém consiste na convulsão de um membro ou formigamentos no mesmo, além de movimentos descontrolados de uma parte do corpo;
  • Complexa: o indivíduo perde a consciência, ficando confuso ou fazendo gestos automáticos, como mastigação ou continuar o que estava fazendo.

Crise parcial com generalização secundária

Há casos em que o distúrbio se inicia em uma parte do cérebro e, posteriormente, atinge todo o mesmo. A esta crise dá-se a classificação de parcial com generalização secundária.

Outros tipos de crises

  • Mioclônicas: que consistem em tremores rápidos no corpo;
  • Clônicas: movimentos de flexão e estiramento dos membros de forma repetitiva;
  • Tônicas: contrações musculares repentinas e duradouras;
  • Atônicas: uma crise contínua e com quedas, podendo durar até 5 segundos;
  • Estado de mal epiléptico: crises prolongadas ou repetitivas, sem recuperação da memória do paciente.

Causas

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A Associação Brasileira de Epilepsia explica que muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à doença.. As causas mais comuns são por carga genética, metabólica ou alguma causa “desconhecida”.

Pode ter acontecido uma lesão cerebral, causada por uma pancada forte na cabeça, uma infecção (como a meningite), neurocisticercose (“ovos de solitária” no cérebro), abuso de drogas, etc. Outras vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto também pode ser o fato iniciador. As características mais comuns das causas citadas são:

  • Genética: é entendida como o resultado direto de um defeito genético conhecido e em que as crises são o principal sintoma da doença. As causas genéticas não excluem as possibilidades de que fatores externos possam contribuir para a expressão da doença;
  • Metabólica: quando existe uma condição distinta estrutural ou metabólica ou outra doença que demonstrou estar associada a um substancial aumento do risco de desenvolver epilepsia. Lesões estruturais incluem distúrbios adquiridos como acidente vascular cerebral, trauma e infecção.
  • Causa “desconhecida”: é uma forma neutra para designar que a natureza da causa desta doença é ainda desconhecida, podendo haver um defeito genético fundamental ou pode ser a consequência de um distúrbio separado ainda não reconhecido. Esta é a maior percentagem dos casos.

Tratamento

Existem vários medicamentos disponíveis para o uso no seu tratamento. Eles são selecionados de acordo com o tipo de crise epiléptica e fatores individuais do paciente. Esses medicamentos não curam a doença, mas previnem as crises epilépticas de acontecer. Calcula-se que 70% das pessoas diagnosticadas com epilepsia são controladas por medicamentos.

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Em casos em que a medicação não consegue controlar adequadamente as crises, o paciente deve começar uma dieta especial com maiores proporções de gordura. Outra opção é a cirurgia.

O que fazer em caso de crise epiléptica

Existe um passo a passo que uma pessoa pode seguir, caso você se encontre de frente com uma situação de crise epiléptica. Os primeiros passos são: se manter calmo e tentar controlar a duração (em tempo) da crise. Se a crise durar mais de três minutos, chame uma ambulância pelo número 192. Caso tenha a duração menor que isso, você deve:

  • Retirar qualquer objeto que esteja perto;
  • Desapertar a roupa em volta do pescoço;
  • Colocar algo mole sob cabeça, um travesseiro, por exemplo;
  • Não coloque nada na boca do paciente;
  • Após a crise, a pessoa pode ficar sonolenta e confusa. Não a perturbe, fique observando-a até que se recupere totalmente. Mantenha-a na posição lateral de segurança.

Assista a essas instruções no vídeo:

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