Injeção promete prevenir a enxaqueca

Se você sofre com este mal, leia essa matéria e renove suas esperanças na cura.

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Atualmente os medicamentos usados para tratar a enxaqueca não são propriamente voltados para este fim. Os médicos utilizam remédios que, na verdade, são feitos para a hipertensão, antidepressivos e até anticonvulsionantes na busca de remediar os efeitos mais severos que a enxaqueca pode causar.

Quem sofre desse mal sabe o desespero que chega a ser passar horas ou até dias com uma dor insuportável na cabeça e que acaba irradiando para outras partes do corpo. A boa notícia é que dois estudos, publicados no The New England Journal of Medicine, mostraram eficácia em testes de uma injeção para prevenir a enxaqueca, em vez de remediar.

De acordo com Mário Peres, neurologista envolvido nas pesquisas, ainda na primeira metade de 2018 uma das injeções deve ser aprovada pelo Food and Drugs Administration (FDA), bem como pela ANVISA, na segunda metade do ano. Assim, a injeção será regulamentada para comercialização.

Como principal vantagem, além de prevenir a enxaqueca, a injeção não causa a mesma intensidade de efeitos colaterais de outras soluções existentes, como perda ou ganho de peso e problemas de memória.

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A molécula que originou o desenvolvimento das injeções

Pesquisas realizadas ao longo de 30 anos trouxeram a descoberta e o estudo de uma molécula denominada CGRP, produzida em maior quantidade por pessoas que sofrem de enxaqueca.

O que ela faz é dilatar os vasos sanguíneos, aumentando o seu diâmetro. Este fator, junto de outros processos químicos, está intimamente ligado ao surgimento da enxaqueca, bem como de outras dores.

A atuação das injeções

As duas injeções que constam no estudo divulgado pelo jornal britânico são Erenumabe e Fremanezumabe e o seu conteúdo são anticorpos monoclonais, uma classe já utilizada nos tratamentos oncológicos.

Para a atuação das injeções, os cientistas fazem um clone de um tipo de anticorpo humano. Então, treinam este anticorpo para reconhecer e combater o alvo estabelecido. Uma importante estratégia ganhadora do Prêmio Nobel em 1984.

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O alvo, neste caso, é a molécula CGRP, que depois de bloqueada, não promove ou reduz a dor. Nos testes realizados com pacientes voluntários, as aplicações das injeções tiveram uma média de 50% de redução de crises, considerando diferentes doses e períodos de medicação. Com isso, os testes ainda buscam novos resultados, mas já são animadores para um futuro próspero no combate à terrível enxaqueca.

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