O que a ingratidão alheia nos ensina

Na vida, tudo tem seu tempo. Nas relações, cada um tem um papel.

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Se você é o tipo de pessoa que está sempre disposta a ouvir os outros e dar sua opinião quando te pedem, vai se identificar com esse assunto: a ingratidão alheia.

Tudo bem que quando damos a nossa opinião sem ninguém ter pedido, corremos o risco de ser ignorados e não temos que achar isso ruim. Temos que saber também que ninguém é obrigado a ficar reconhecendo a nossa ajuda, afinal, fazemos pela satisfação de ver o outro melhor.

Mas de fato, quando estamos envolvidos com o problema de alguém com quem nos importamos e conseguimos ver uma solução através da nossa perspectiva, queremos muito que a pessoa também veja e vença a dificuldade.

Quando isso não acontece, ficamos até um pouco frustrados, mas temos que tomar cuidado com esse sentimento. Ele é um alerta para não ultrapassarmos a linha territorial do outro. Não é porque alguém pediu nossa opinião e nós demos, que a pessoa tenha que segui-la, mesmo que seja uma boa saída para o problema em questão.

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O que pode estar havendo, normalmente, são duas hipóteses: ou a pessoa ainda não consegue enxergar o seu conselho como uma solução ou ainda não está pronta para colocá-lo em prática, mesmo sabendo que vai ajudar.

Portanto, a partir do momento em que você deu o seu conselho, seu dever foi cumprido. Ponto. A partir daí, não é mais com você. Não assuma mais responsabilidade do que o necessário, pois cada um precisa caminhar no seu ritmo, construir o próprio caminho.

Talvez a pessoa vá refletir sobre o que você disse mas só vá perceber que você estava certo depois de tomar outra decisão e não conseguir resolver o problema. O aprendizado faz parte da vida, você sabe disso, ou não estaria apto a dar conselhos.

Se a pessoa ouviu sua sugestão, agiu de forma similar e depois te culpou por ter dado errado, fique tranquilo da mesma forma. Você apenas aconselhou, mas cada um deve saber do risco que corre quando assume escolhas na vida.

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Com esse esclarecimento em mente, utilize as situações de ingratidão alheia para continuar aprendendo e evoluindo. Respeite o espaço e o tempo de cada um. E principalmente, não tenha medo de continuar aconselhando quem busca sua ajuda.

Dar um conselho e ficar esperando que lhe agradeçam pelo bom resultado é o mesmo que plantar uma semente de tamareira acreditando que viverá o suficiente para colher os frutos.

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