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Crédito: Freepik

Filho triste: como identificar o motivo e ajudar a resolver?

Lembre-se que a tristeza é um sentimento importante que nos ajuda a identificar e a evitar o que nos faz mal

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A visão que as crianças têm da felicidade é diferente da dos adultos. Elas ainda não compreendem o valor de certa coisas e podem ter motivos para se sentirem tristes que os adultos nem sempre compreendem. Seu filho está parecendo triste? Veja como ajudá-lo a superar!

Em primeiro lugar, vamos nos lembrar de que a tristeza é um sentimento importante, que nos ajuda a identificar e a evitar o que nos faz mal. No caso de um filho, os pais podem prestar atenção ao comportamento dele, pois nem sempre a criança vai dizer o que está acontecendo ou pode não conseguir se expressar com palavras.

Para isso, veja as dicas que a psicopedagoga Renata Trefiglio, do Centro Paulista de Neuropsicologia (SP), deu em entrevista à Revista Crescer.

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Entendendo a tristeza no processo emocional

De acordo com Renata, o processo emocional tem três passos. “No primeiro, nós sentimos algo, mas ainda não sabemos identificar o que é. Depois, atribuímos um significado e um nome ao que estamos experimentando – como ‘tristeza’, por exemplo. Por último, vem o reflexo no comportamento. Ficamos mais quietos, com uma expressão triste, choramos. É a partir disso que conseguimos avaliar, tentar encontrar uma solução, resolver, sair daquela situação que nos incomoda”, explica a especialista.

Como ajudar seu filho a lidar com a tristeza?

Quando o pai ou a mãe veem um filho triste, logo ficam preocupados querendo saber o motivo ou oferecendo algum “presentinho para animar”. Mas, não é recomendado interferir de modo a querer acabar com a tristeza, sem descobrir sua fonte.

Para Renata, o papel dos pais é o de ajudar a criança a entender o que está acontecendo com ela, a identificar o sentimento e os motivos que o desencadeiam.

“O diálogo é muito importante. Ao perceber que seu filho está triste, você pode tentar conversar com ele e nomear essa emoção. Muitas vezes, as crianças sentem uma tristeza e não sabem o que é e muito menos como lidar com aquilo”, explica a psicopedagoga.

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Quando a criança não quer falar sobre o assunto, a especialista recomenda que o adulto precisa mostrar que está ali, disponível. Assim, ao sentir vontade de se abrir, o filho poderá recorrer ao pai ou à mãe, que precisam esperar esse momento.

Já no caso da criança que não consegue se expressar com palavras, a dica é a seguinte: “os pais podem recorrer a outras técnicas para começar um diálogo. Pedir para o filho fazer um desenho, por exemplo, pode ser uma boa saída. A partir daí, é possível identificar ou, pelo menos, iniciar uma conversa sobre o que gerou aquele sentimento”, sugere Renata.

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Pode ser depressão?

Hoje em dia há tantos casos de depressão em pessoas de todas as idades que os pais ficam com medo de a tristeza do filho ser depressão.

Para saber separar as coisas os pais devem observar os filhos, participando ativamente da vida deles.

“Os adultos devem prestar atenção na intensidade e na frequência em que os episódios de tristeza acontecem. Em geral, a tristeza é desencadeada por um estímulo externo, mas dura pouco tempo e logo passa. Quando o comportamento é repetido e muda completamente a vida da criança, é necessário avaliar”, alerta Renata.

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