desejo por comida
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5 Fatos sobre o desejo por comida que você precisa conhecer

Você acredita que aquele desejo por comida é falta de algum nutriente? Pode até ser, mas não na maior parte dos casos

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Sabe aquela vontade de comer um docinho depois do almoço ou tomar um café com o pão? Eles podem não ser uma necessidade do seu corpo, como muitos dizem. Mas você provavelmente já sabia disso, não é? E que tal a teoria de que microorganismos que habitam seu corpo induzem você a uma alimentação? No mínimo assustador, certo?

Esses são fatos descobertos recentemente, tendo impacto direto sobre a sua qualidade de vida. Por mais que fatores externos possam influenciar na sua vontade, você ainda está no comando para dizer não. Conheça então cinco fatos que podem estar influenciando a compulsão alimentar (ou aquelas escapadinhas).

5 Fatos sobre o desejo por comida

Fatos sobre o desejo por comida
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Claro que seu corpo pode estar pedindo aquele delicioso bife de fígado, um copo de leite ou, quem sabe, um doce de nozes. São alimentos que trazem nutrientes, sejam eles completamente benéficos ou não. Porém, algumas coisas às vezes parecem não fazer sentido – e não fazem mesmo. Veja agora algumas explicações para essas vontades estranhas por alguns alimentos.

1. Desejos podem ser condicionados

Sabe aquela necessidade de beber Coca-Cola com a feijoada? Será que é de fato uma necessidade do corpo? Pode-se falar também do docinho depois do almoço, das levantadinhas no escritório para tomar café ou até daquela olhadinha na geladeira antes de dormir. Pois saiba que a vontade de comer pode não ser tão simples assim.

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Você pode ter sido condicionado a fazer isso sem nem mesmo perceber. O condicionamento clássico – ou behaviorismo, mostra que se pode fazer associação entre estímulos (feijoada) e respostas (refrigerante específico). Você pode observar que a vontade de comer doce não surgiu do nada, foi aprendida aos poucos, até o ponto em que o corpo parece pedir por ele.

Para comprovar essa lógica, Pavlov, um fisiologista que viveu no século 20, fez um experimento com cachorros, muito comum na época. Ele mostrava um bife para o cão e esperava o mesmo salivar. Assim que acontecia, tocava uma sineta. Com o tempo, ele tirou o bife e, quando tocava a sineta, o cachorro começava a salivar. Funciona com os peludos e também com as pessoas.

Imagine agora que você está abrindo um limão ao meio e colocando na ponta da língua. Melhor: dando uma boa mordida e puxando o caldo. Agora observe se sua língua não se encheu de saliva também. Isso é condicionamento e o desejo por alimentos em algumas situações, não passa disso. A boa notícia é que, quando não tem resposta, o condicionamento desaparece. Então resista!

2. Desejo por comida é cultural

Quantas vezes você já ouviu dizer que se a gestante está desejando um alimento é porque precisa de algum nutriente? Ou então, ao entrar no shopping ou feira, já sente aquela fome de batata frita ou pastel?

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Pois saiba que tudo isso foi aprendido através das relações sociais. Em algumas regiões do país, é quase sagrado comer um pedacinho de doce depois do almoço. Já o cafezinho é um caso generalizado, sendo inclusive oferecido em restaurantes, como finalização da refeição.

Para lidar com esse desejo cultural, você tem que pensar sobre esse desejo que sente, sendo ele algo que você aprendeu com o grupo ou individualmente. Daí, consegue lidar melhor com ele, fazendo substituições mais saudáveis.

Atenção também aos encontros sociais, que acabam se tornando uma associação quase inevitável à comida e bebida. Essa vontade de beliscar alguma coisa com os amigos pode ser um desejo totalmente cultural. Nem se precisa falar da pipoquinha ao ir ao cinema, acompanhada pelo quê? Chocolate, claro!

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3. Chocolate e TPM? Talvez não…

O chocolate é um campo delicado, em que diversos estudos procuram mostrar o quanto ele é benéfico para a sua saúde. Claro que se for um chocolate amargo, 100% cacau, ele vai, sim, ser rico em nutrientes maravilhosos para a saúde. Mas confesse: quando você compra o chocolatinho para a TPM, o escolhido é o seu favorito (talvez ao leite ou branco), que nada tem de benéfico para a saúde.

Ah, mas o chocolate é rico em feniletilamina, que ajuda a liberar os amados hormônios da felicidade, ajudando a controlar a TPM. Interessante, pode até fazer sentido, mas por que mulheres continuam em busca desse alimento na época da menopausa? É mais provável que o chocolate seja liberado somente em certas épocas, por ser um alimento tabu.

As mulheres sempre estiveram em busca de um corpo e pele perfeitos – o que vem mudando aos poucos, para poderem se sentir bem. Dessa forma, os alimentos tidos como vilões tinham que ter um motivo e momento especial para o consumo. Essa “liberação”, da mulher para ela mesma pode motivar a vontade de comer chocolate ou alimentos gordurosos e doces nessa época.

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Mas se você quer muito mesmo aumentar a sua quantidade de dopamina, que tal um bom copo de leite? Ele possui muito mais feniletilamina do que o chocolate e ainda repõe cálcio, proteína e outros nutrientes importantes. Mas se quiser seu chocolatinho e não for te prejudicar, por que não? O importante é ter equilíbrio, na alimentação e na vida.

4. Não querer o alimento faz querer mais

É fato que se um alimento é proibido há chances de sua mente querer ainda mais. A dúvida ou até mesmo a tensão projetada em uma determinada coisa pode fazer com que se desenvolva até compulsão por ela. Isso vale para as paqueras na adolescência ou para o desejo por comida. Geralmente qual é a escolha de quem está tentando reprimir algo? Exato, exagerar nela.

O complicado é que isso gera uma espiral negativa, onde há a repulsa e o desejo pelo alimento, mas quando se cede à vontade, vem também o arrependimento e a culpa. Isso é terrível para a mente de quem luta em uma restrição alimentar, seja por motivo de saúde ou estética. E o pior, a transgressão pode se tornar ate mesmo uma compulsão alimentar.

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Se o seu objetivo é perder peso, não caia em dietas da moda e punitivas. Procure um nutricionista e faça um cardápio em que suas comidinhas favoritas possam ser adicionadas, com moderação. Se o problema for alergia, encontre substitutos tão gostosos quanto. Você encontra facilmente diversas receitas sem glúten, ovos, lactose e o que mais precisar.

5. Manipulação por microorganismos

Sem dúvidas, esse é o fator mais assustador quando se trata de desejo por comida. Você sabia que os microorganismos que vivem dentro de você podem indicar suas preferências alimentares? Isso porque eles são especialistas em sobrevivência e adaptação, podendo condicionar você a comer determinados alimentos.

Como isso acontece? Alterando a forma como você sente os sabores, o olfato e adivinha: liberando dopamina e serotonina no seu corpo quando você obedece, te condicionando ao que faz bem a eles. E você aí achando que era seu o desejo por chocolate branco ou bolinhas de queijo fritas em muita gordura.

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A única forma de vencer essa luta contra esses co-habitantes mais que inteligentes é resistir e usar sua mais poderosa arma: o cérebro. Pense no que é bom para você e não o que seus desejos estão te induzindo. Assim, você vai vencer – com esforço e recaídas – o desejo por comida que não seja aquela que você sabe que é a melhor.

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