Várias doenças são do tipo que se ouve falar desde a época da escola, mas nunca se viu um caso de perto. Esse é o caso da coqueluche que é uma doença endêmica com epidemias em intervalos de 3 a 5 anos e que pode ser prevenida com vacinação.
Mesmo ficando distante de muitas famílias e regiões do país, ainda há vários casos, por isso a necessidade de conhecer mais sobre a doença e sua prevenção. Para se ter uma ideia, somente no ano de 2018 foram registrados 2.151 casos da doença no país.
Veja também: sintomas e tratamentos para herpes-zóster
O que é?
De acordo com o Ministério da Saúde, a coqueluche é uma doença infecciosa aguda, transmissível e provocada pelo bacilo Bordetella pertussis. Ele afeta o aparelho respiratório (traqueia e brônquios) e tem como principal característica a tosse seca, mas esse não é o único sintoma.
Como acontece a transmissão?
O fator de risco para contrair essa doença está diretamente relacionado com a falta de vacinação que deve ser feita desde a infância em três doses. Existem casos em que pessoas adultas contraem a doença mesmo tendo sido vacinadas na infância porque a vacina perdeu a validade. Os profissionais de saúde e as gestantes podem fazer o reforço da vacina pelo SUS.
Para quem não é vacinado, o contágio ocorre pelo contato direto com a pessoa infectada por meio das gotículas de secreção eliminadas ao falar, tossir ou espirrar. Pode também acontecer por objetos contaminados com secreções de pessoas doentes, embora seja bem menos frequente, já que é difícil o bacilo sobreviver muito tempo fora do corpo humano.
Os sintomas começam a aparecer cerca de 5 a 10 dias após a infecção, mas existem casos de sintomas que surgem somente com 21 dias ou mais em que o bacilo está encubado no organismo.
Sintomas
Os sintomas da coqueluche são divididos em dois níveis: leve e intermediário.
Sintomas leves
Esses sintomas são semelhantes a um resfriado comum, por isso a doença pode passar despercebida. Eles podem durar mais de uma ou duas semanas.
- Tosse seca;
- Mal-estar geral;
- Febre baixa;
- Corrimento nasal.
Sintomas intermediários
Além dos sintomas da fase leve, outros são adicionados quando a doença não é tratada em seu estágio inicial. Dependendo de como for o tratamento, podem durar mais de um mês.
- Tosse seca mais intensa e descontrolada;
- Comprometimento da respiração;
- Ao puxar o ar pode ouvir um som tipo de um grito agudo;
- O excesso de tosse pode causar vômito e muito cansaço.
Nas crianças os sintomas tendem a ser mais intensos, já que o organismo delas é mais frágil. Esses sintomas podem perdurar de 6 a 10 semanas, conforme as particularidades de cada paciente.
Tratamentos para coqueluche
Ao perceber os sintomas de um resfriado ou gripe, vale a pena fazer uma visita ao médico para se certificar. O médico poderá coletar material do canal respiratório para exame em laboratório, além de pedir exames de sangue e raio-x de tórax para verificar o caso. Se o diagnóstico for confirmado, veja como é o tratamento:
Antibióticos
O uso de antibióticos é muito importante para acabar com o bacilo causador da doença. Os antibióticos são os medicamentos próprios para bacilos e bactérias e precisam de prescrição médica para serem usados. É necessário seguir à risca as orientações do médico sem descuidar da medicação.
Internação
Em crianças, pessoas idosas ou com a saúde debilitada é comum que haja necessidade de internação, pois assim os médicos podem oferecer um tratamento intensivo e cuidados especiais, observando o paciente de perto e com mais frequência.
Cuidados para evitar a transmissão
Como essa é uma doença transmissível, a pessoa deverá ficar em casa de repouso e manter uma boa higiene pessoal, não compartilhando objetos com outras pessoas da casa, mantendo os cômodos arejados, o corpo e as roupas de camas limpas.
