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Cientistas chegam perto de recriar tipo de rato extinto há 120 anos

Já pensou se pudéssemos conviver com vários animais que a nossa geração nunca chegou a ver de perto, pois foram extintos?

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Cientistas que investem em pesquisas de deextinção deram um grande passo ao recriar geneticamente um rato extinto há mais de cem anos.

O rato nativo da Ilha Christmas, na Austrália, foi o alvo dos estudos de uma equipe de paleogeneticistas, que recriaram a espécie usando edição genética e publicaram o estudo na revista Current Biology.

Extinto há 120 anos, por doenças trazidas de navios europeus, o animal não foi ressuscitado, mas os cientistas já sabem que é possível reconstruir quase 100% do seu genoma – e isso representa um grande passo para a deextinção de outras espécies de animais.

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Como foi feita a recriação do rato?

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Créditos: Reprodução

O método consiste em comparar o DNA armazenado da espécie extinta com o genoma de uma ainda existente e editar as diferenças. As células editadas são usadas para criar um embrião que é implantado num hospedeiro.

Contando com ratos marrons da Noruega na experiência, os cientistas conseguiram reconstruir 95% do genoma do rato da Ilha de Christmas. Os 5% faltantes têm a ver com o controle do cheiro e da imunidade do animal.

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É mesmo importante trabalhar na deextinção de animais?

A descoberta ajuda outros projetos parecidos, como o que busca recriar mamutes mais de 4.000 anos após sua extinção, e a que tenta reviver o tigre da Tasmânia, inexistente desde 1936.

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O principal autor do estudo com os ratos, o geneticista Tom Gilbert, alerta, no entanto, que o renascimento das espécies exatamente como eram jamais acontecerá. A técnica tem deficiências.

Ele ainda afirma que a proteção dos vivos deveria ser mais valorizada do que a tentativa de recuperação dos extintos.

Para Gilbert, seria suficiente editar o DNA de um elefante e torná-lo peludo e capaz de viver no frio, e assim recriar um mamute completamente funcional.

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“Se você está fazendo um elefante peludo estranho para viver em um zoológico, provavelmente não importa se faltam alguns genes comportamentais”, diz ele. “E isso traz à tona muitas questões éticas”.

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“Está muito claro que nunca conseguiremos obter todas as informações para criar a réplica perfeita de um animal extinto”, pondera o cientista.

“Sempre será algum tipo de espécie híbrida. Acho que é uma tecnologia fascinante, mas é preciso se perguntar se esse é o melhor uso dos recursos ao invés de manter vivas as coisas que ainda estão aqui”.

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Fonte: Revista Galileu

 

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