diminuição de mortes por covid não significa fim da pandemia
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Brasil: diminuição de mortes por covid não significa fim da pandemia

Veja o que dizem os especialistas

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Você já deve estar sabendo que a quantidade de mortes por covid está caindo no país. Um alívio, sem dúvidas, pois todos estão torcendo para que essa pandemia chegue logo ao fim. Porém, é fundamental entender o que a queda da média móvel de mortes representa e não deixar que esse seja o motivo de uma nova onda. Entenda melhor o que é isso e porque ainda se precisa ter cuidado no dia a dia.

O que é média móvel?

Primeiro de tudo, é importante entender o que é essa tal média móvel. Ela é – como o próprio nome diz – uma média tirada da soma de mortes dos últimos 7 dias, divididas por 7. Assim, dá para ter uma noção se aumentou ou diminuiu, comparando a média móvel a cada 15 dias. Ou seja, a do dia 1 com a do dia 15 ou a do dia 2 com o dia 16, por exemplo.

Se houver um aumento maior do que 15%, diz que houve crescimento nos casos. Se for uma queda maior que 15%, então as mortes estão desacelerando. Porém, se ficar entre esses -15% e 15%, é considerada uma situação estável. Simples, certo? Então, o que se tem observado é exatamente essa queda nos últimos dias, gerando otimismo na população.

Por que ainda ter cuidado?

Apesar das reduções de 17%, 26% e 25%, especialistas afirmam que ainda se precisa ter muito cuidado. Isso porque, de acordo com o epidemiologista Paulo Lotufo, essa é uma média nacional, porém os estados estão com dados ainda muito irregulares. Enquanto São Paulo já começa a apresentar queda mais intensa, o Amazonas e Roraima ainda estão em crescimento.

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Além disso, a famosa imunidade de rebanho – quando boa parte da população já pegou a doença e criou anticorpos a ela – está longe de acontecer no país, de acordo com infectologista Alberto Chebabo. Isso porque cerca de 3% da população se contaminou, o que em um país gigantesco como o Brasil, representa, até o momento, 4.455.386 casos.

Outro ponto importantíssimo a se ter atenção é que, mesmo que os números venham a diminuir agora, virá uma segunda onda. É o que afirma o epidemiologista Pedro Curi Hallal, enfatizando que ela será menos intensa do que a primeira, mas ainda preocupante. Claro que tudo tende a ser melhor depois de disponibilizadas as vacinas.

Então, por mais que as notícias sejam animadoras, deve-se manter o cuidado, higiene das mãos e espaços coletivos, uso de máscaras e outras recomendações. Aglomerações ainda estão fora de questão, apesar de ser possível se conviver com essa nova realidade, com o comércio funcionando e obedecendo as regras impostas por cada governo estadual. Cada um fazendo a sua parte, fica mais fácil vencer esses dois inimigos: o vírus e o impacto na economia global.

Com informações de G1

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