Durante júri, vítima beija réu que tentou matá-la com 5 tiros
Crédito: Folha do Mate

Durante júri, vítima beija réu que tentou matá-la com 5 tiros

Conheça essa surpreendente história e saiba qual é a causa desse estranho comportamento

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Viralizou na internet o beijo entre Micheli Schlosser, de 25 anos, e Rafael Posselt, de 28 anos. Porém, o que faz esse beijo se tornar tão chocante? O fator surpreendente é que ele foi dado em um julgamento, no qual Rafael era réu por ter dado 5 tiros na vítima, Micheli. Como isso aconteceu e qual a origem desse comportamento? Descubra.

Vítima de 5 tiros beija réu

Em julgamento realizado recentemente no Rio Grande do Sul, uma vítima que tomou 5 tiros “perdoou” o agressor com um beijo em meio ao julgamento. Esse beijo não expressa romance, mas é fruto de uma relação tóxica de dependência, sendo possível fruto de uma síndrome, como você verá adiante.

Micheli e Lisandro tinham um relacionamento abusivo, regado de ciúmes e violência verbal (ele nunca tinha batido nela). Até que um dia, Lisandro pegou a sua arma pessoal e atirou em Micheli, após uma discussão. O motivo? Ela queria ler as mensagens do ex no celular. Estaria ele realmente apto psicologicamente para adquirir uma arma? Eis uma reflexão interessante para se fazer com esse assunto vindo à tona.

O crime

Micheli está viva por uma questão de pura sorte, isso porque foi atingida por 5 tiros efetuados por trás dela, dos quais é incrível que tenha saído ilesa. Para você ter ideia, as balas ainda estão alojadas dentro de seu corpo e, mesmo assim, ela não possui nenhuma sequela física. Até tiro na cabeça o criminoso deu.

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Em mais detalhes, os locais atingidos pelos tiros foram: cabeça, braço esquerdo e costas. Porém, o que foi exposto às autoridades é que um dia antes da tentativa de feminicídio, o abusador a ameaçou com sua arma e prometeu matá-la. Ainda assim, ela não registrou essas ameaças, tentando resolver ‘no diálogo’.

O que ela fez

Sua reação, durante o julgamento, foi simplesmente se levantar e beijar o ex-namorado, como se nada tivesse acontecido. Veja algumas palavras da vítima sobre o seu “amor” com o agressor que tentou matá-la: “nós vamos conversar e, se der tudo certo, a gente vai voltar e tudo vai ser como antes. Eu o amo e já o perdoei”.

Para piorar, ela completa a insanidade afirmando que ELA era a culpada de tudo. E sabe o que é pior? Muitas mulheres se colocam nesse papel todos os dias, sem se dar conta do absurdo. Veja o que ela disse: “eu falei muita coisa sem pensar naquele dia. Eu disse que denunciaria ele por agressão e outras coisas, mas ele nunca me agrediu antes. Eu não fico com homem que agride”.

Por que ela agiu assim

Vale destacar que Micheli também aplaudiu quando a pena foi posta para regime semiaberto, o que é considerado uma pena muito leve para tentativa de homicídio. Agora, a dúvida que resta é: o que motivou esse comportamento?

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Esse não é um comportamento que deve ser romantizado, já que todas suspeitas decaem para que ele seja fruto de uma síndrome: a síndrome de Estocolmo. Ela é estudada em diversas esferas, como sexuais e religiosas, e destaca uma situação em que a vítima cria um laço afetivo com o agressor.

O seu nome surgiu a partir de um caso em que reféns ficaram confinados em um banco por 6 dias com sequestradores e que acabaram criando uma relação de afetividade e cumplicidade. No final das contas, os reféns se colocaram na frente dos criminosos – quando a polícia chegou – como escudos humanos. É um comportamento a ser estudado por especialistas, como psicólogos e psiquiatras.

Mais do que criticar a atitude da mulher, como muitos estão fazendo, se deve procurar ajudar na mudança. O que acontece é que isso certamente não é normal ou saudável, ela está precisando de ajuda. Amigos e familiares deveriam, com carinho e paciência, encaminhá-la a um psicólogo, para começar o tratamento e começar a ver as coisas como elas realmente são.

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