Vacina contra sarampo: 10 perguntas e respostas

Novo surto de sarampo está preocupando os brasileiros e mobilizando o Ministério da Saúde, para novas ondas de vacinação. De acordo com os dados divulgados, no ano passado, foram confirmados mais de 10 mil casos da doença no país, concentrando-se na região Norte. Porém, também foram encontrados casos em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, Pará, Distrito Federal e Sergipe. Saiba tudo sobre a vacina contra sarampo para ficar protegido.

Esse surto se dá por causa de uma variação do vírus, que não era atingido pela vacina anterior. O genótipo D8 é o mesmo que ainda resiste no país vizinho, a Venezuela. Veja as principais perguntas e respostas sobre a vacina contra sarampo e procure o posto de saúde mais próximo, para evitar que essa doença entre na sua casa.

Qual a vacina contra sarampo?

Infelizmente, a vacina contra sarampo não é de gotinha, mas com carinho e uma equipe dedicada, quase não vai sentir a picadinha. Ao contrário de injeções como as de Benzetacil, a vacina tríplice, que também protege contra sarampo, não dói e é aplicada de forma subcutânea.

Quem deve tomar?

De acordo com o Ministério da Saúde, essas são as pessoas que devem tomar a vacina contra sarampo:

Crianças entre 1 e 5 anos de idade, sendo duas doses complementares;
Crianças entre 5 e 9 anos de idade, que não foram vacinadas anteriormente, em duas doses;
Pessoas entre 10 e 29 anos, duas doses da vacina;
Pessoas entre 30 e 49 anos, uma dose da vacina;
Viajantes que vão para regiões como a Venezuela, além de alguns países da Europa, África e Ásia.

Quem não tem carteira de vacinação pode tomar?

Sim, sem problemas. O ideal é que se tenha a carteira em mãos, para deixar as vacinas organizadas. Porém, se a mesma não está em posse do cidadão, ele pode se direcionar ao posto mais próximo com seu documento de identificação e tomar a vacina.

Onde ir para tomar?

Durante as campanhas, são disponibilizadas unidades móveis para regiões mais remotas, além da vacinação em escolas e similares. Porém, no dia a dia, a vacina pode estar disponível em postos de saúde, sendo interessante consultar quando chega o próximo lote, para poder se vacinar. Infelizmente, nem sempre há vacina disponível, então é bom se programar com antecedência.

Tem reação?

Pode ser que ocorram reações leves a moderadas, porém é mais difícil de acontecer, pois são de aplicação subcutânea e não muscular. As reações mais comuns são:

Vermelhidão e inchaço local;
Febre e mal estar;
Inchaço no pescoço e nos linfonodos
Manchas ou bolhinhas no corpo

Dura quanto tempo?

Depois de aplicadas as duas doses, no período correto, essa vacina vai te proteger para o resto da vida. Porém, é importante que as duas doses sejam dadas com a diferença de três meses exatos entre elas. Mas não se preocupe, pois no posto de saúde, o profissional irá anotar a sua data de retorno, se necessário.

Quem já tomou precisa tomar de novo?

Se foram tomadas as duas doses, com a diferença correta de prazo, não tem necessidade. Mesmo que tenha sido dada quando era apenas um bebê. Porém, se você não se lembra se tomou a vacina ou não, pode tomar novamente sem problemas. Aproveite para atualizar a sua agenda de vacinação.

Grávida pode tomar?

Não, nenhuma gestante deve tomar a vacina. Se estiver em região onde esteja tendo surto, o ideal é evitar locais muito populosos e esperar para tomar depois do parto. Se tomou a vacina, espere ao menos um mês para engravidar. Durante a gestação, lembre-se de realizar exames para se assegurar que não está com a doença.

Quem é vacinado pode pegar a doença?

Não, ao tomar a vacina, você desenvolve uma memória imunológica, em que seus anticorpos já sabem se defender da doença, caso ela tente entrar no seu corpo. Isso porque o vírus enfraquecido já foi injetado, com a vacina, fazendo com que seu corpo aprendesse a se defender. Então, a vacinação, não somente é simples e rápida, mas também eficaz.