Tumor nas glândulas salivares
Crédito: Freepik

Tumor nas glândulas salivares: sintomas e tratamento

A atriz e humorista Heloísa Perissé já retirou o tumor e está fazendo tratamento radioterápico e quimioterápico

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Diferente de outros tipos de câncer de boca e pescoço, o tumor nas glândulas salivares não são influenciados pelo HPV. Até o cigarro tem menor influência sobre o seu desenvolvimento.

A atriz e comediante Heloisa Périsse, com 52 anos, descobriu e já está tratando um câncer como esse. Ela publicou em seu Instagram: “estou ‘sumidinha’, né? Pois é, a vida dá umas cambalhotas interessantes! KKKKK. O motivo foi um tumor nas minhas glândulas salivares e agora vou me voltar 100% para minha saúde!”.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de tumor não é tão comum quanto o que atinge a mucosa da boca. Na realidade, as glândulas se localizam abaixo da mucosa, sendo extremamente raro o desenvolvimento de um tumor no local. Mas infelizmente pode acontecer em todos os tipos de glândulas salivares.

Quando o nódulo acontece em uma glândula específica chamada de parótida, há 95% de chance de ser tumoral, sendo a mais comumente diagnosticada. Além disso, observou-se no estudo que “aproximadamente 25% dos tumores da parótida, 50% dos tumores da submandibular, 81% dos tumores das salivares menores são malignos”.

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Entre os tumores malignos, estão o carcinoma mucoepidermoide, na glândula parótida e o adenoide cístico, localizado na submandibular e nas salivares menores.

Sintomas

Segundo o Oncoguia, existem alguns sintomas principais que indicam a existência do tumor, maligno ou não. Porém, eles são facilmente confundidos com outras doenças, dificultando o início do tratamento. Veja quais são:

  • Caroço no rosto, pescoço ou boca: pode aparecer uma elevação sob a pele nessa região, podendo ser perceptível somente ao toque;
  • Dores: pode acontecer de que se sinta dores nessas regiões, principalmente em um ponto específico, irradiando em seguida;
  • Inchaço: pode ser que um lado do rosto fique diferente do outro, apresentando leve inchaço;
  • Dormência: localizada na região onde se encontra o tumor;
  • Fraqueza muscular: a região atingida passa a ficar mais frágil, apresentando, por exemplo, dificuldade em mastigar;
  • Dificuldade de abrir a boca: fica difícil abrir a boca totalmente;
  • Dificuldade de engolir: seja saliva ou alimentos, pode ser perceptível a necessidade de esforço;
  • Líquido no ouvido: pode haver a necessidade de se drenar líquido na região do ouvido.

Causas

Por mais que os cânceres de cabeça e pescoço tenham origem principalmente no vírus HPV, esse tipo específico é diferente. Também o fumo aparenta não influenciar tanto no desenvolvimento da doença. Na realidade, ainda é difícil explicar suas causas, pois há apenas uma suposição baseada em genética.

Segundo o Oncoguia, “a causa da maioria dos tipos dos tumores de glândulas salivares ainda é desconhecida. Entretanto, os pesquisadores descobriram que alguns tipos de câncer da glândula salivar têm anormalidades no DNA”. Também podem ser estimulados pela exposição à radiação ou agentes químicos cancerígenos.

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Tratamentos

O primeiro passo do tratamento é a retirada do tumor, a fim de evitar que ele se espalhe, atingindo outros órgãos como o pulmão e o fígado. Se não tratada, pode inclusive evoluir para metástase, tornando o processo mais doloroso e com menor taxa de sucesso.

Em seguida, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia, a fim de eliminar as células cancerosas. O tempo de cada tratamento vai depender do estágio da doença, sendo muito mais simples curar durante o estágio I do que no IV.

Como é diagnosticado

Depois de perceber os primeiros sintomas, o paciente tem que procurar um clínico geral, que se estiver atento, pode encaminhar a um oncologista. Durante a consulta, a investigação do histórico clínico e familiar deve ser realizada. Também deve-se observar o estilo de vida, fazendo um exame físico detalhado, principalmente na cabeça e pescoço.

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Segundo o Oncoguia, “durante o exame físico, o médico examinará cuidadosamente a boca, áreas laterais do rosto e ao redor da mandíbula. Será observado se existe qualquer aumento no tamanho dos gânglios linfáticos no pescoço, uma vez que estes podem ser sinais de disseminação da doença” para o resto do corpo. Também verificará se há fraqueza muscular e outros sintomas.

A partir desses dados, ele irá recolher uma amostra para a realização de biópsia. Além disso, vai pedir alguns exames de imagem além de laboratório, como de sangue e urina. Dessa forma, se diagnosticado o câncer das glândulas salivares, se inicia o tratamento.

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