o que é a Síndrome da criança rica
Crédito: Freepik

Síndrome da criança rica: já ouviu falar dessa “falha” na educação dos filhos?

Na sociedade atual, esse problema não tem a ver, exclusivamente, com a classe social da família

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O nome “Síndrome da criança rica” vem justamente do comportamento clássico que muitas crianças de classe alta apresentam, como falta de empatia e irresponsabilidade, por serem muito mimadas, terem tudo o que pedem e nunca ouvirem “não”.

Mas, é claro nem todos os pais ricos criam filhos mimados. Em contrapartida, muitos pais de classe média e baixa fazem de tudo para que os filhos tenham do bom e do melhor, mas sem ensinar a eles sobre o valor das coisas.

Então, o problema dessa síndrome não tem a ver com a classe social da família. A Síndrome da criança rica se desenvolve quando há excesso de proteção, excesso de presentes para substituir a presença dos pais, excesso de liberdade e o não desenvolvimento da empatia na criança.

Sinais da Síndrome da criança rica

Os “sintomas” dessa Síndrome surgem em diversos aspectos do comportamento, refletindo o que está faltando ou sobrando na educação da criança.

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Ansiedade

A vida de uma criança que não recebe a devida atenção, não é ouvida e não tem limites é desequilibrada. Quando a criança pode fazer e ter tudo o que quer, menos a presença das pessoas mais importantes para ela, a sensação é de desamparo e solidão. A ansiedade pode se manifestar principalmente na queda do rendimento escolar e na dificuldade em se relacionar com os outros.

Falta de paciência

Quando uma criança não tem limites, ela se torna imediatista. Quer tudo para já, e se não ganha, fica irritada, faz birra, trata os outros com falta de respeito, não importa quem sejam.

Baixa autoestima

Os pais que enchem os filhos de presentes e dizem sim para tudo o que eles querem, pensam estar criando filhos felizes, com alta autoestima, mas é justamente o contrário. A criança precisa de amor, atenção e motivação, de forma equilibrada, para aprender a amar e valorizar a si mesma. Os objetos não substituem a presença dos pais.

Tédio constante

Quando se tem de tudo, a vida vira um tédio. Sem desafios, sem desejos, de que serve acordar todos os dias e aprender coisas novas? As crianças precisam de estímulos constantes, resolver problemas e descobrir o prazer de conquistar o que querem com o próprio esforço, mesmo quando os pais têm dinheiro para comprar o que elas desejam.

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Falta de empatia

Quando os pais não estão presentes na vida da criança, ela enxerga o mundo apenas pela própria perspectiva. Então, quem é que vai ensiná-la sobre as diferenças entre as pessoas, respeitar o próximo, perceber quando alguém não está bem? Se ninguém se importa com os sentimentos dela, que exemplo ela vai ter para sentir empatia pelos outros?

Irresponsabilidade

Quando as crianças são ensinadas a assumir a responsabilidade pelo que fazem, elas adoram mostrar o quanto estão sendo responsáveis. Mas, se não houver esse estímulo, se a criança for isenta da culpa pelos erros que comete e nunca receber tarefas com prazo para cumprir, ela se tornará irresponsável. Na visão dela, a culpa será do pai, da mãe, do amiguinho, até do cachorro pelo que ela fez de errado ou por tarefas que não cumpriu.

Como evitar ou corrigir essa Síndrome?

A presença e a atenção plena dos pais ou responsáveis é o ponto-chave. Claro, essa presença precisa ser de qualidade, usando o tempo que passam juntos para ensinar valores importantes para a criança e fazê-la se sentir amada, aceita e respeitada.

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Por mais que os pais queiram dar aos filhos o que eles não tiveram, ou apenas queiram presenteá-la porque podem, precisam fazer isso com equilíbrio e sempre deixando claro que tudo na vida é conquistado com esforço e gratidão.

Presentes, mimos, comida, viagens, dinheiro, dizer sim para tudo: nada disso tem valor se a criança se sentir abandonada, solitária, se não tiver alguém da sua confiança para compartilhar seus sentimentos e seus pensamentos.

Os pais devem ser os tutores da criança, guiando ela pelo caminho da independência, mostrando quais ferramentas pode usar, quais opções a vida lhe dá, mas nunca fazendo as coisas no lugar dela.

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Também é essencial mostrar a ela que, no mundo, todas as pessoas são diferentes, seja na aparência ou no estilo de vida, mas que é essa é a parte mais bonita de cada um, e que o respeito é essencial para ter amigos e ser feliz.

Veja também: Como criar filhos gentis

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