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Remédio para colesterol pode causar osteoporose

Estudo europeu mostra relação entre as estatinas e maior absorção óssea

Crédito: Freepik

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Controlar as alterações nos lipídios séricos é fundamental, mas o remédio para colesterol pode não ser tão inocente quanto se imagina. Um estudo realizado pela Universidade de Medicina de Viena, mostra que em certa dosagem, a estatina pode agravar quadros de osteoporose.

Ter uma quantidade de colesterol maior do que a recomendada pode trazer diversos problemas para a sua saúde. Porém, os mais conhecidos são os problemas relacionados ao sistema cardiovascular. As chances de infarto aumentam muito quando a pessoa não controla sua taxa desse lipídio.

Em alguns pacientes, o problema é tão crônico, que é necessária a ingestão de medicamentos para ajudar no controle. Entre eles, estão as estatinas, que, segundo o Ministério da Saúde, são hipolipemiantes, ou seja, combatem os lipídios prejudiciais, como o colesterol. Seu uso deve ser estabelecido em pacientes com risco alto a moderado.

O médico Drauzio Varella afirma que “as estatinas são drogas muito eficientes e representaram uma revolução no controle dos níveis de colesterol”. Por outro lado, ela pode apresentar efeitos colaterais, mesmo que de baixa incidência. A associação da estatina com outras drogas pode reduzir esses efeitos. Porém, um estudo recente mostrou que a coisa não é assim tão simples.

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Remédio para colesterol e osteoporose

De acordo com Varella, as estatinas são eficazes, pois acabam inibindo a absorção e processamento do colesterol no intestino, fazendo com que a quantidade no organismo se reduza. Porém, ela não afeta somente esse lipídio, de acordo com pesquisadores austríacos, que realizaram um estudo recente, mostrando que não é assim tão inocente.

A pesquisa afirma que “em doses baixas, as estatinas podem proteger contra a reabsorção óssea. Porém, quanto maior a dosagem dos medicamentos para baixar o colesterol, maior a probabilidade de osteoporose“. Essa conclusão é fruto da análise de “milhões de dados de pacientes pelo Complexity Science Hub Vienna”.

A notícia tem gerado muito debate no meio acadêmico e médico, levando ao questionamento do que deve ser feito. Isso porque não se pode deixar de tomar o remédio contra colesterol, sob risco de problemas cardiovasculares. Por outro lado, não é nada recomendado baixar a densidade óssea, principalmente depois dos 50, quando a velocidade de recuperação é menor.

Como acontece

Antes de tomar qualquer decisão, é importante lembrar que se trata da primeira pesquisa a apontar esses dados, então não pode ser considerada conclusiva, até que outros façam estudos semelhantes, com outras metodologias. Ou seja, deixar de tomar um medicamento importante para a sua saúde sem consultar seu médico está fora de cogitação.

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A explicação para a redução óssea está exatamente na necessidade do colesterol no organismo e não necessariamente pelas estatinas. Já reparou que quando a mulher entra na menopausa, aumenta o risco de ter osteoporose? Isso porque há queda dos hormônios sexuais, responsáveis também pela recuperação óssea.

Os hormônios sexuais, como a testosterona, dependem do colesterol para poderem ser produzidos. Dessa forma, quando a quantidade do lipídio cai, caem também os hormônios. Dessa forma, a densidade óssea acaba ficando comprometida, por tabela. Fascinante como o corpo humano é sistêmico. Por isso, capriche na alimentação, sem falta ou excesso, e fique saudável por mais tempo.

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