Por que humanos são os únicos animais com rostos diferentes
Crédito: Freepik

Por que humanos são os únicos animais com rostos diferentes?

Estudo explica a razão de seres humanos terem rostos tão diferentes entre si

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Já reparou como os animais da mesma espécie têm os rostos muito parecidos entre si? Já com os humanos, apesar de serem a mesma espécie, a coisa é um pouco diferente. Temos diversos formatos de nariz, olhos, bocas, rostos, cabelos e mais. Além disso, também a própria estrutura corporal é muito diferente entre as regiões e entre os indivíduos da mesma região.

Pessoas mais altas, baixas, gordas ou magras, com biotipos diferentes coabitam o mesmo espaço. O que pode explicar tanta variedade dentro de uma mesma espécie? Foi isso o que os pesquisadores Michael Sheehan e Michael Nachman procuraram entender, através de um estudo da evolução da espécie.

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Por que as pessoas têm rostos diferentes

Um estudo foi publicado na revista científica Nature, depois que os pesquisadores avaliaram duas grandes bases de dados, a pesquisa antropométrica do exército e do projeto 1000 Genomas. Durante o estudo, perceberam que algumas características eram estritamente genéticas (como a altura), mas que outras variavam bastante (como as feições faciais).

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Eles perceberam durante a pesquisa que o ser humano tem a capacidade de ligar rostos a características do indivíduo, cognitivamente. Essa capacidade, desde a época da pré-história, auxilia nas relações e manutenção da sociedade, como ela se fez. Foi através da manutenção da diferença entre rostos que se pôde demarcar amigos, inimigos, parentes, hierarquia etc.

Assim, o próprio genoma humano é voltado para a diferenciação, que assegura a sobrevivência da espécie. Essa modalidade de diferenciação foi escolhida pela seleção natural dada a boa capacidade da visão humana. Diferentemente dos cachorros, que podem se diferenciar apenas pelo cheiro, através de seu poderoso e complexo olfato.

Para os pesquisadores, os “estudos da evolução social humana tendem a enfatizar adaptações cognitivas, mas mostramos que a evolução social também moldou padrões de diversidade genética e fenotípica humana”. Ou seja, não foi somente a forma de pensar que mudou ao longo dos séculos de evolução natural, mas também as características físicas.

E o mais interessante: as próprias características físicas (genotípicas e fenotípicas), levaram às adaptações da cognição. Em outras palavras, a estética da sociedade se moldou aos novos conhecimentos e padrões assim como os padrões de moldaram à estética. Isso tudo como uma forma de evoluir e continuar a sobrevivência em sociedade.

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Por isso, há tantos rostos, cabelos e corpos diferentes. Somente os mais aptos sobrevivem à seleção natural e, com relação a isso, o ser humano parece ser um mestre nato. Agora é aguardar para ver o que vai acontecer com o fenótipo – a aparência humana – em meio ao caos climático e poluição. Qual é o seu palpite? Deixe sua teoria nos comentários!

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