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Crédito: Freepik

Pesquisa mostra: 87% são a favor do aborto em caso de estupro

Sendo a favor ou não, a lei protege mulheres vítimas de estupro para abortarem. As pessoas precisam saber disso

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A questão da legalização do aborto ainda é bastante polêmica. De acordo com o Código Penal Brasileiro, desde 1984 o aborto no Brasil é considerado crime contra a vida.

Só é permitido quando a gestação apresentar risco à vida da mãe, gravidez ocasionada por estupro ou, atualmente, com comprovação de anencefalia fetal.

Mesmo que existam motivos para que a lei seja alterada, ampliando os casos de permissão de aborto, o fato é que, em casos de estupro, existe uma proteção à vítima. Mas, nem todo mundo sabe disso, e é importante conscientizar.

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O aborto é um direito em caso de estupro

De acordo com as conclusões de uma pesquisa da Agência Patrícia Galvão e Instituto Locomotiva, divulgada no dia 25 de março, 87% dos entrevistados defende o direito da vítima de estupro decidir se quer ou não dar continuidade à gravidez.

Veja também: Pesquisa mostra que 95% das mulheres têm medo de serem estupradas

Para o levantamento, foram coletadas as respostas de 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, pela internet, entre 27 de janeiro e 4 de fevereiro de 2022. A seguir, veja mais dados que o levantamento trouxe.

  • 16% das mulheres entrevistadas já foram estupradas;
  • Em 84% dos casos relatados, o estuprador é alguém próximo e do círculo social da vítima;
  • Em 65% dos casos, o estupro ocorreu dentro de casa;
  • 67% das vítimas entrevistadas disseram que iriam primeiro à polícia;
  • 26% mencionaram que buscariam ajuda médica primeiro;
  • 31% dos entrevistados não consideram como estupro o parceiro obrigar a mulher a fazer sexo sem preservativo;
  • 64% conhece uma mulher ou menina vítima de estupro;
  • 64% das pessoas sabem que a vítima de estupro pode interromper a gravidez de forma legal e segura;
  • 46% sabem que não precisa de boletim de ocorrência para isso;
  • 77% dos entrevistados reconhecem que as principais vítimas da criminalização do aborto no Brasil são mulheres pobres, que não podem pagar por um aborto realizado com acompanhamento médico.

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