Será que a felicidade depende somente do meio? Parece que não. De acordo com a BBC, “a Finlândia foi apontada como o país mais feliz do mundo pelo segundo ano consecutivo, segundo o World Happiness Report, um relatório produzido por organizações e institutos de pesquisa internacionais”. Apesar disso, ainda tem pessoas que sofrem com depressão.
De acordo com o Ministério da Saúde, “a depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si”. No Brasil, cerca de 15% da população sofre com a doença, atingindo em maior parte as mulheres.
Por se tratar de uma doença e não um estado de humor, a depressão pode acontecer até mesmo nas melhores situações de vida. Isso inclui obviamente, o país considerado como o mais feliz do mundo, a Finlândia. Entenda o que está acontecendo por lá e quem mais está sofrendo com a doença.
Finlandeses também sofrem com depressão
De acordo com a reportagem da BBC, a Finlândia foi quem melhor pontuou na pesquisa, em todos os itens, como “expectativa de vida, apoio social, corrupção, renda, liberdade e confiança e expectativa de vida saudável”. Para se ter uma ideia, entre os 156 países que participaram do estudo, o Brasil fica com o 32º lugar.
Em outro estudo realizado por cinco anos percebeu-se que os nórdicos também sofrem. Cerca de 12% dos entrevistados disse que está sofrendo ou passando por alguma dificuldade. Quando a faixa etária é mais nova, entre os jovens, a taxa sobe para 13,5%. Ainda sobre eles, 1/3 das mortes corresponde ao suicídio.
Segundo um dos pesquisadores, Michael Birkjaer, “cada vez mais jovens estão se sentindo solitários e estressados, tendo distúrbios mentais”. Parte dessa infelicidade pode se dar pelo uso das redes sociais. Porém, a abertura ao diálogo sobre depressão no país mais feliz do mundo também pode estar contribuindo para o aumento da margem.
Sintomas de depressão
O Ministério da Saúde mostra alguns sintomas da depressão mais típicos, porém cada pessoa tem sua forma de manifestar. O mais comum é o humor depressivo, caracterizado pela “tristeza, auto-desvalorização e sentimento de culpa”. Também pode apresentar total incapacidade de sentir alegria, mesmo em coisas que antes alegravam.
Há uma sensação de vazio que não é preenchido com nada, como se não houvessem sentimentos. Tende à autodepreciação, do mundo e do destino. Pode ou não ter pensamentos suicidas, desde a vontade de não estar mais vivo, dormir para sempre ou até mesmo pensar de forma ativa na morte de fato.
Também são sinais típicos o “retardo motor, falta de energia, preguiça ou cansaço excessivo, lentificação do pensamento, falta de concentração, queixas de falta de memória, de vontade e de iniciativa”. Além disso, pode ter problemas com o sono, dormindo demais ou tendo dificuldades para apagar a noite.
Perde tanto o apetite quanto a libido, podendo porém apresentar certa compulsão por doces e carboidratos simples. Outros sintomas menos comuns são “dores e sintomas físicos difusos como mal estar, cansaço, queixas digestivas, dor no peito, taquicardia, sudorese“. Apesar de ser mais difícil de identificar, ela tem tratamento.
Tratamentos
Podem ser necessários muitos anos para que o tratamento possa surgir efeito, devendo sempre seguir exatamente o que o médico indicar. Segundo o Ministério da Saúde, “a psicoterapia auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse”. Sendo assim fundamental para a cura do paciente.

