Onda de calor
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Onda de calor: como o verão escaldante impacta na saúde dos brasileiros

O ano de 2021 foi o sexto mais quente da história. Veja os cuidados que deve tomar para não ser uma vítima da onda de calor

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Neste verão, a região sul do Brasil está passando pelo calorão mais intenso e prolongado da história. Mesmo sendo a região mais fria no inverno, o sul não escapa da onda de calor no verão, assim como outras regiões onde as temperaturas são mais altas o ano todo.

Para se ter uma ideia, segundo a Nasa e a Agência Americana de Oceanos e Atmosfera, o ano de 2021 foi o sexto mais quente da história e isso justifica as temperaturas escaldantes que ainda pairam no começo de 2022.

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Os riscos da onda de calor para a saúde das pessoas

Uma das preocupações que a onda de calor excessivo traz é o risco à saúde e à vida das pessoas. Mesmo quando a temperatura no verão está abaixo dos 40 graus, uma pessoa sensível pode morrer de calor.

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Tanto é que, de acordo com Paulo Saldiva, professor titular do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), quando o termômetro marca acima de 29 graus na cidade de São Paulo, aumenta em 50% o número de mortes por causas naturais.

Existem cinco mecanismos fisiológicos que podem ser afetados pela temperatura elevada, levando à morte:

  1. Isquemia (redução ou interrupção da irrigação sanguínea);
  2. Citotoxidade (envenenamento das células);
  3. Inflamação;
  4. Coagulação intravascular disseminada (formação de trombos que podem destruir órgãos);
  5. Rabdomiólise (síndrome causada pela destruição das fibras musculares).

Em resumo, o organismo entra em pane quando é afetado por uma onda de calor. O cérebro deixa de receber oxigenação suficiente e falha no comando do organismo.

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Grupos de risco

Pessoas mais vulneráveis a serem hospitalizadas durante uma onda de calor são:

  • Obesos: a gordura retém mais calor;
  • Mulheres: têm maior composição de gordura;
  • Crianças: o sistema de regulação da temperatura é imaturo;
  • Idosos: o sistema de regulação da temperatura começa a ter falhas;
  • Diabéticos;
  • Cardíacos;
  • Doentes renais;
  • Pessoas que trabalham expostas ao sol.

Também podemos considerar que a baixa renda é um fator de risco. A onda de calor afeta mais àqueles que não têm condições de comprar um ar-condicionado, que precisam andar no transporte lotado e que moram em locais com falta de ventilação.

Como se cuidar em dias de onda de calor?

No verão, todo cuidado é importante, mesmo quando dentro de casa não parece estar tão quente. As pessoas dos grupos de risco precisam receber ainda mais atenção para evitar as consequências do excesso de calor no organismo. Então, lembre-se disso:

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  • Se for seguro, mantenha as janelas abertas durante a noite;
  • Beba mais água do que o habitual, mesmo sem sentir muita sede. A média mínima é de 1,5 a 3 litros ao longo do dia;
  • Quando possível, evite os esforços físicos e repouse em locais à sombra, frescos e arejados;
  • Feche cortinas e/ou janelas mais expostas ao calor e facilite a circulação do ar;
  • Evite a exposição direta ao sol, principalmente das 10 às 16 horas;
  • Evite bebidas alcoólicas e com elevado teor de açúcar, pois desidratam o corpo;
  • Faça refeições leves, pouco condimentadas e mais frequentes;
  • Use chapéus e óculos escuros (especialmente para pessoas de pele clara);
  • Use roupa solta, de preferência de algodão;
  • Use protetor solar mesmo em dias nublados;
  • Utilize menos roupas de cama e vista-se com menos roupas ao dormir.

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Artigo com informações de O Globo Saúde e Centro Estadual de Vigilância em Saúde

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