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Mulheres têm mais chances de sobreviver a ataques cardíacos

Estudo aponta que as médicas aumentam as chances de vida de mulheres que sofreram ataques cardíacos

Crédito: Freepik

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Em sua pesquisa para sua tese de doutorado, Colleen Norris avaliou o histórico de pacientes que realizaram cateterismo, coletando dados clínicos como idade, gênero, condições sociais e outros, a fim de alimentar também a base de dados de um projeto canadense. Ela descobriu que as mulheres, quando atendidas por médicas, têm mais chances de sobreviver a ataques cardíacos. 

Problemas no coração já são a maior causa de morte em mulheres americanas, atingindo mais pessoas do sexo feminino do que masculino. A pesquisa ainda rendeu à médica o prêmio de Novos Investigadores do Instituto Canadense de Pesquisa em Saúde (CIHR) e também o da Fundação de Alberta para Pesquisa Médica (AHFMR).

Entenda o estudo

Crédito: Freepik

Foram analisados os ataques cardíacos na província, com dados que perpassavam décadas de atendimento médico.

Se pôde perceber uma queda na quantidade da doença, mais detalhadamente:

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  • Os homens passaram de aproximadamente 490 mortes em mil, no ano de 1979 para um pouco menos de 390 mortes em mil, em 2011;
  • As mulheres passaram de aproximadamente 470 mortes em mil para um pouco mais de 390 mortes em mil, no mesmo período;
  • Em meados dos anos 90, houve um aumento na curva de óbitos femininos, ficando os homens com aproximadamente 450 mortes em mil e as mulheres com quase 510.

Para a pesquisadora, o estado de saúde das mulheres está relacionada também a fatores de gênero, que envolvem quesitos sociais, ambientais e comunitários.

Ela percebeu que o crescimento na conscientização do maior risco de problemas cardíacos em mulheres e a aplicação de tratamentos adequados reduziu a ameaça mortalidade das mesmas.

Mais mulheres (26%) morrem no primeiro ano depois de um ataque cardíaco do que homens (10%), enquanto que nos cinco primeiros anos a taxa passa a ser 47% das mulheres e 36% dos homens.

Sintomas de um ataque cardíaco

De acordo com a pesquisa, os sintomas de uma ataque cardíaco em mulheres e homens são diferentes, tendo a mulher algumas especificidades, o que pode levar a uma demora no diagnóstico.

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Veja quais são os sinais mais comuns, percebidos por ambos:

  • Dor, aperto, pressão no peito;
  • Dor na mandíbula, pescoço, ombros, braço, costas;
  • Falta de ar;
  • Enjoo;
  • Tontura.

E estes são sintomas percebidos somente em mulheres, além dos anteriores:

  • Fadiga fora do comum;
  • Sintomas como os da gripe;
  • Ansiedade e pânico;
  • Indigestão;
  • Palpitações.

É importante ter atenção a esses sintomas, sem ignorar ou achar que vai passar logo. Atenção à sua saúde!

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Fatores de risco

A pesquisa apontou que, apesar de se exporem aos riscos da mesma forma, eles se apresentam com maior potência nas mulheres, sendo estes o fumo, abusos, diabetes tipo 2, depressão e outros fatores psicológicos e sociais.

Mulheres com menos de 60 anos e que tenham depressão representaram 20% dos casos estudados, sendo a maior quantidade encontrada em mulheres entre 50 e 60 anos. Essa doença aumenta em 3 vezes a chance de morte em problemas cardíacos.

Também representavam uma margem significativa mulheres com exposição à pobreza e traumas durante a infância, incluindo abuso sexual.

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Outro fator importante para aumentar as chances de um ataque cardíaco, de acordo com o estudo, é o estresse conjugal, relacionando uma significativa quantidade da doença após elevado grau de estresse na relação.

Outro ponto que comprova a importância de laços para as mulheres é o processo de recuperação, que se dá de forma mais efetiva naquelas que têm apoio social – seja da família ou outros – apresentando uma melhora mais rápida, com melhor qualidade de vida e menores chances de recaídas.

Médicas são a melhor opção de atendimento para mulheres

Crédito: Freepik

Outro estudo, realizado na Flórida com 580 mil pacientes, vítimas de ataques cardíacos, mostrou que, se uma mulher é atendida por uma médica, as chances de morte diminuem.

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Seth Carnahan, da Universidade de Washington, afirmou que por mais que ambos os médicos sejam qualificados, a questão do gênero ainda tem impacto sobre o resultado dos procedimentos.

Ele e sua equipe analisaram os registros de 1991 até 2010, verificando a idade, histórico de doenças, raça e outros fatores, percebendo que as mulheres tinham menores chances do que os homens de sobreviver a um ataque cardíaco.

Essa diferença fica ainda maior a depender do gênero do médico que a atender. Veja os dados:

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  • Se tratado por um médico,12,6% dos homens faleceram e 13,3% das mulheres também, com a diferença de 0,7%.
  • Se tratado por uma médica, 11,8% dos homens morreram e 12% das mulheres idem, com a diferença de 0,2%.

Observa-se que o risco de morte da mulher sempre será mais alto, o que confirma o estudo anterior, porém é reduzido quando o atendimento é feito por outra mulher.

Qual será o motivo? Deixe suas ideias nos comentários!

Fonte: Heart Foundation.

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