três crianças adotadas por mulher negra
Crédito: Facebook Treka Engleman

Mulher negra adotou 3 crianças brancas e ensina sobre uma vida sem preconceito

O único objetivo dela era ser mãe e oferecer um lar cheio de amor e felicidade para as crianças

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Pessoas que estão dispostas a adotar crianças e jovens têm um enorme coração cheio de amor para oferecer. Alguns adotam bebês, outros aceitam crianças mais velhas ou perto da maioridade. Os casos variam muito conforme cada família.

Mas, o que está se tornando cada vez mais comum são pessoas negras adotando crianças brancas, mesmo tendo consciência do preconceito que irão enfrentar por parte de uma sociedade com pensamento restrito e ignorante.

Embora o contrário também aconteça, que são os casos de pessoas brancas que adotam crianças negras, o julgamento é diferente. Essas pessoas são vistas como “piedosas”, enquanto no caso de pessoas negras que adotam brancas, as pessoas chegam a perguntar se a mãe é a babá.

Essa é parte da realidade de Treka Engleman, uma norte-americana que adotou 3 crianças brancas e, agora, tem a missão de ensiná-las sobre respeito, empatia e amor verdadeiro.

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Ela desejava ser mãe

Treka Engleman sempre gostou de crianças e, por isso, sempre trabalhou com elas, fosse como babá ou em creches. Já pensava também na possibilidade de adoção, mas por ser uma mulher solteira, acreditava que não seria possível. Mas, ainda assim resolveu pesquisar sobre o assunto e pensar muito bem nessa possibilidade antes de tomar a decisão.

O início do processo

Decidida a ir em frente com um processo de adoção, Treka entrou em contato com um orfanato para saber como poderia começar. Então, ela foi informada de que precisaria assistir a algumas aulas de preparação para conhecer a realidade das crianças órfãs ou separadas dos pais por motivo judicial.

As aulas foram muito impactantes para Treka, pois as histórias das crianças eram realmente comoventes. Por conta disso, e do seu enorme coração, ela resolveu que gostaria de adotar 4 ou 5 crianças, se assim fosse possível.

Ela precisava decidir também se gostaria de adotar menino ou menina, negro ou branco e de qual faixa de idade. Bem, para ela foi fácil, já que não havia qualquer restrição. Ela apenas queria dar a oportunidade de uma vida feliz a qualquer criança.

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O primeiro filho

Crédito: Facebook Treka Engleman

Após ser aceita para o processo de adoção, mas ainda sem nenhuma criança em vista, o orfanato avisou a Treka que ela deveria esperar por uma ligação que viria a qualquer momento. Eles iriam avaliar se os perfis da mãe adotiva e da criança estavam de acordo, e ligariam para ela.

Um dia, ela recebeu a tão esperada ligação. Havia uma criança de apenas 5 dias que precisava de um lar imediato. Treka não pensou duas vezes e disse sim. A partir daquele dia, seu primeiro filho, Elijah Lee Hill, entrou em sua vida.

A família aumentou

Crédito: Facebook Treka Engleman

Depois de um ano vivendo com o pequeno Elijah, Treka recebeu outra ligação do orfanato. Dessa vez, duas irmãs precisavam de um lar. Mais uma vez, Treka disse que sim. Então, no dia seguinte apenas uma das irmãs, Alexis, chegou em sua casa. A outra irmã, Mercedes, havia tido problemas e foi enviada para outro orfanato.

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Então, sabendo da importância em manter o contato entre as irmãs, Treka passou a levar Alexis para ver Mercedes todos os fins de semana. Dispostas a conseguirem que Mercedes também viesse para a família, Treka e Alexis começaram a procurar por um apartamento maior que comportasse os 4 membros da família.

Naquele momento, Mercedes estava pronta para deixar o orfanato, então a assistente social de Treka ajudou para que adoção fosse possível. Em 30 de março de 2018, finalmente Mercedes se mudou para a casa de sua nova família, junto da irmã.

Uma família feliz, mas com obstáculos a vencer

Crédito: Facebook Treka Engleman

É claro que, mesmo sendo uma mulher totalmente livre de preconceitos, Treka sabia que iria enfrentar olhares de julgamento ao longo de sua nova vida com 3 filhos brancos. Mas, ela já estava preparada para isso. Quando perguntada se era a babá das crianças, ela sempre fazia questão de responder: “Não, eles são meus filhos”.

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A esta altura, as crianças já conheciam sua nova realidade e Treka sempre mostrou a elas que uma família não ter cor, e sim, amor. Então, chegou o momento de decidirem se queriam oficializar a adoção. Treka perguntou aos filhos se queriam ser adotados de forma oficial, pelo tribunal, e todos disseram que sim.

O processo foi demorado e ainda com dúvidas, pois Treka sabia o tamanho da responsabilidade que estava abraçando. Mas, com o apoio total de sua família e amor daquelas 3 crianças, ela teve forças e certeza de que queria seguir em frente.

As crianças também demonstravam querer ser adotadas de verdade, com brilho nos olhos. Então, em 1º de novembro de 2019, eles finalmente se tornaram o “Time Engleman”, com direito a camisetas e mudanças de sobrenome.

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Treka é um exemplo a ser seguido

Crédito: Facebook Treka Engleman

Mesmo com tantos desafios e uma sociedade preconceituosa para enfrentar, Treka sempre teve um grande objetivo e faz questão de transmitir essa mensagem a quem quiser ouvir:

“Estou fazendo o que a maioria não pode fazer. Essas crianças estão em um ótimo lar e têm uma mãe muito amorosa. O amor não tem cor. Embora esse tema sempre tenha estado presente em minha vida, eu não deixei que me impedisse de realizar o que eu sempre quis. Tenho um propósito e não vou desistir. Se você está pensando em adotar, vá em frente. Saber que você ajudou um menino ou uma menina a encontrar um lar é um motivo para ser feliz e é um dos melhores sentimentos do mundo. Não importa se você é solteiro, divorciado, casado, preto ou branco. Você sempre pode mudar a vida de alguém!”

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