Mudanças climáticas podem acabar com a civilização até 2050
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Mudanças climáticas podem acabar com a civilização até 2050

Um estudo sugere um fim que muitas pessoas evitam pensar, mas que pode acontecer

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Quantas vezes você parou para se perguntar do porquê de tanto calor ou a chuva que parece não chegar nunca? E aquela estação do ano que está completamente desregulada? Percebeu como todo ano você diz que foi o verão mais quente que já viveu? Pois saiba que sua percepção das mudanças climáticas está correta.

De acordo com os dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), instituição de caráter científico, filiado à Organização das Nações Unidas (ONU), deve-se controlar o aquecimento global, para que a temperatura não exceda o acréscimo de 1,5ºC. Isso porque caso não aconteça, corre-se o risco de ter “tempestades mais fortes e mais frequentes, períodos mais longos e mais intensos de seca, mais derretimento do gelo nos polos, entre outros”.

Para isso, é fundamental repensar a forma com que se lida com o solo, com a geração de energia em geral, com as formas de locomoção entre médias e grandes distâncias, como é realizada a produção pela indústria e a forma como as pessoas moram. Em outras palavras, requer um esforço conjunto, de governos, pessoas, ciência e ambientalistas, para que se possa evitar o pior.

É sempre importante lembrar também da importância das florestas para a manutenção do clima. Elas são capazes de reduzir 25% do gás carbônico existente, além de ser um grande estoque do mesmo. O Brasil é um país abençoado, ainda rico em florestas, principalmente na região Norte, sendo estratégico no gerenciamento do aquecimento global.

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Veja também: aquecimento global pode levar à falta de cerveja no mundo

E 2ºC fazem diferença?

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De acordo com o World Resources Institute (WRI), instituto de pesquisa presente em todo o mundo, “países se comprometeram com a meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global entre 1,5˚C e 2˚C. Mas dúvidas ainda persistem. Como o mundo pode atingir essa meta? E o que acontece se não conseguirmos?”.

Para o instituto, o aumento da temperatura está cada vez mais rápido, pois se precisa de mais terra, energia, indústrias e cidades. Para que a meta seja alcançada, precisa-se rever a forma de fazer política e ciência, com foco na sustentabilidade da própria existência humana na terra. Mesmo limitando o aquecimento, diversos problemas vão acontecer, porém vai ser muito pior se não o fizer.

Veja algumas coisas que podem acontecer com o aumento limitado de 2ºC na temperatura do planeta, de acordo com o WRI:

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  • 37% de chance de ter ondas de calor extremo uma vez a cada 5 anos;
  • Um verão sem gelo no Ártico a cada 10 anos;
  • Quase meio metro de elevação do nível do mar até 2100;
  • 8% de chance de que vertebrados percam a metade da distribuição geográfica;
  • 16% das plantas perderão a metade da distribuição geográfica;
  • 18% dos insetos também sofrerão desse mal;
  • 13% de mudanças de biomas;
  • 6.6 milhões de quilômetros de geleiras derretidas;
  • 7% de redução na produção de trigo;
  • 99% de declínio dos recifes de corais;
  • Declínio de 3 milhões de toneladas de cardumes para pesca.

Mudanças climáticas podem acabar com a civilização até 2050

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Porém, há prognósticos mais pessimistas, de acordo com outros estudos, como o realizado na Austrália, que está chocando a comunidade científica. Para você ter uma ideia, logo na introdução, os pesquisadores afirmam que “após a guerra nuclear, o aquecimento global induzido pelo homem é a maior ameaça à vida humana no planeta. Hoje os humanos são a espécie mais predadora que já existiu”.

De acordo com o estudo realizado por pesquisadores do National Centre for Climate Restoration, na Austrália, se as mudanças no clima continuarem nesse ritmo, não haverá civilização até o ano de 2050. Se você parar para pensar, não está tão longe assim e a maior parte das pessoas irá vivenciar – ou não – essa época. Mas o que leva os cientistas à essa conclusão?

Como você viu, o aumento da temperatura em até 2ºC pode causar diversos problemas para o planeta, sendo o objetivo de países que participam do Tratado de Paris, a elevação de no máximo 1,5ºC. Porém, o relatório emitido aponta uma não limitação, com base na tecnologia e recursos aplicados em sustentabilidade, afirmando que a temperatura irá aumentar 3ºC, nos próximos 30 anos.

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O que diz o estudo

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De acordo com os autores, o planeta virará uma grande estufa, onde mais da metade da população será exposta a mais de 20 dias de ondas de calor insuportáveis para o corpo humano. Além disso, os biomas não resistirão e passarão por mudanças, com um total colapso dos ecossistemas, o que também diz respeito à grandiosa Floresta Amazônica.

Da mesma forma, será o fim dos recifes de corais, fundamentais para a produção de oxigênio, alimento para diversas espécies de animais marinhos, além de ser responsável pela preservação da biodiversidade no oceano. Também o Ártico será prejudicado, perdendo todo o gelo e alterando completamente o seu bioma.

Haverá a redução de rios com água doce, principalmente na Ásia, mas também em todo o mundo. Além disso, a agricultura deixará de ser uma opção na América Central e nos sub-trópicos mais secos. O El Niño terá muito mais força e durabilidade, estendendo-se por mais de 100 dias, todos os anos. Isso fará com que os locais que já sofrem com o mesmo sejam inabitadas.

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Incêndios de larga escala, ondas de calor, escassez de chuva, falta de água potável e alimentos – tanto da agricultura quanto da pecuária –,  fenômenos naturais intensos, redução dos cardumes e da produção de oxigênio são somente alguns pontos observados nesse cenário. Para os pesquisadores, representa não apenas alguns graus de mudança e sim o início do caos e o fim da passagem do ser humano na terra.

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