Micromachismo
Imagem: Freepik

Micromachismo: sabe aquelas agressões “discretas” que passam despercebidas?

A gente é tão acostumado com esses atos de machismo, que nem para e pensa em como ele incentiva a violência doméstica

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Machismo é machismo! O chamado micromachismo não é uma diminuição da gravidade dos atos machistas, é importante deixar isso claro.

O micromachismo é um termo usado, desde a década de 90, para falar daqueles vários atos corriqueiros, as agressões “discretas” que, por motivos culturais, deixamos passar despercebidas.

Alguns especialistas até discordam do termo “micromachismo” justamente por parecer uma diminuição dos atos machistas, então, sugerem que seja chamado de “machismo cotidiano”, aquele do dia a dia, que quase toda mulher sofre e ninguém fala nada.

Veja também: Mansplaining e Manterrupting: conheça esses termos importantes para combater o machismo

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Exemplos de micromachismo

Praticamente toda mulher já passou por uma situação na qual o micromachismo esteve presente. Certamente você vai se reconhecer em algumas delas:

  • Alguém pergunta se você está nervosa por estar “naqueles dias”, quando, na verdade, você só está sendo assertiva.
  • Você sai para passear e recebe uma “buzina elogiosa” na rua.
  • No ônibus, o homem que senta ao seu lado abre as pernas e ocupa o espaço do banco que lhe convém e também o seu.
  • Quando você divide moradia com um homem, porém, ele não participa das atividades domésticas.
  • Quando você tenta explicar que as tarefas de casa são responsabilidades de todos que compartilham o espaço, e recebe comentários do tipo “as mulheres de hoje não são como as de antigamente”.
  • Ouvir que “caso você não mude seu temperamento, nenhum homem vai te querer”.
  • Quando sugerem que se você não aprender a cozinhar, não vai casar.
  • Se você é assediada enquanto passeia com um homem, outra pessoa vê a situação de fora e chama a atenção do assediador dizendo “não está vendo que ela está acompanhada?”.
  • Quando dizem algo como “você só tem filhos homens, coitada! Tem alguma mulher, mãe ou tia que te ajuda nas tarefas domésticas?”.
  • Quando um colega de trabalho diz não gostar de trabalhar com mulheres, pois são muito sentimentais.
  • Quando questionam sua maternidade por você estar se divertindo sem a criança.
  • Quando falam que mulher serve apenas para ser recatada e do lar.
  • Quando interrompem a fala de uma mulher que domina determinado assunto.
  • Quando te objetificam em algum elogio ou comentário.
  • Quando te impedem de fazer uma determinada atividade, pois ela é considerada “coisa de homem”.
  • Quando alguém pressupõe a sua sexualidade como heterossexual por você ser mulher.
  • Quando dizem que apenas homens podem gostar de esporte.
  • Quando dizem “não vai ter filhos? Já está velha”, partindo do pressuposto que você precisa querer ser mãe.
  • Quando falam que você deveria ser mais feminina.
  • Quando controlam seu jeito de falar, pois seu vocabulário não é adequado para uma mulher.
  • Quando alguém come na sua casa e te elogia pela comida sem cogitar que um homem preparou a refeição.

Combater o micromachismo é importante

Entendeu o que significa o “micro” no termo micromachismo? São detalhes no comportamento de homens e mulheres que a gente se acostuma porque vêm de outras gerações.

No entanto, já não se enquadram no mundo atual e precisam ser eliminados, pois ajudam a disseminar a cultura do machismo e a incentivar a violência doméstica.

Mas, só conseguimos promover essa mudança identificando os atos micromachistas e sabendo lidar com eles sem deixar passarem despercebidos.

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Converse com as pessoas à sua volta sobre o micromachismo, onde ele se insere e porque não é algo bom.

Fale com os homens também, sempre que surgir a oportunidade. Questione e incentive as pessoas se questionarem sobre como pensam e o que dizem, mesmo na “inocência” de não perceberem o que realmente estão dizendo.

Veja também: X vermelho na mão: uma ideia simples que pode salvar mulheres da violência doméstica

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Fonte: Dicas de Mulher

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