Será que realmente comer a massa de bolo crua faz mal? Um estudo só reforçou o que muitas mães já ensinavam, alertando para o perigo de dar aquela provada na colher de pau.
Você já sabe que o ovo cru pode, sim, fazer muito mal, pois há chances dele estar contaminado com Salmonella. De acordo com a Revista Food Research Center, da USP, “Salmonelose tem como característica a diarreia, febre e cólicas abdominais que iniciam entre 12 e 72 horas após o consumo do alimento contaminado. A doença pode durar entre 4 e 7 dias, mas a pessoa continuará eliminando Salmonella nas fezes por vários meses”.
A salmonelose causa muita dor no trato gastrointestinal, sendo contraída em alimentos crus e sem a devida higienização. Pode ser contraída no ovo ou carne crua, mas também em uma inocente saladinha de restaurante. Por isso, é fundamental sempre cozinhar e higienizar muito bem os alimentos antes de consumir.
Porém, pesquisadores estadunidenses encontraram outro perigo no consumo da massa de bolo crua: a bactéria E. Coli, vivinha da Silva, em farinhas de trigo estocadas há tempos. Essa bactéria é uma das principais causadoras de intoxicação alimentar. E é especialmente perigosa para crianças e idosos.
Maior risco de contaminação na massa de bolo crua
O estudo, realizado por um grupo de mais de 20 médicos, pesquisadores e a vigilância sanitária estadunidense, analisou dados de prontuários entre 2015 e 2016, tentando encontrar todos os casos de intoxicação alimentar. Recolheram os que foram causados por uma variação da E.Coli, o que totalizou 56 pacientes, com sintomas similares.
Foi então realizada uma entrevista com cada um, buscando entender os hábitos de higiene e de alimentação. A partir daí, encontraram como ponto em comum uma marca de farinha de trigo bem comum no país. Além disso, todos os pacientes tinham o hábito de provar as massas feitas com ela, antes de assar.
Essa foi a pista que eles precisavam para chegar ao rastro da farinha de trigo contaminada, o que levou ao teste de laboratório. A equipe realizou o teste genético da bactéria encontrada nas farinhas de trigo da marca e das que ainda eram eliminadas nas fezes dos pacientes. Foi assim que confirmaram a ligação entre a farinha e a contaminação.
A equipe ficou desconfiada com o fato de que a bactéria ainda estivesse viva na farinha de trigo, um meio um tanto inóspito para ela. Porém, parece que essa variação se adaptou bem. O lote contaminado estudado veio de uma fábrica de Kansas, onde medidas foram tomadas, exigindo a recolha, não somente deste, mas de todos os lotes.
Surpreendente, concorda? Por isso, é fundamental que se evite ao máximo consumir qualquer tipo de alimento cru, que não seja para esse fim. Se for, é fundamental higienizar e esterilizar com o produto específico para tal. Além disso, procure manter hábitos que evitem a contaminação da água e dos alimentos.