Uma avózinha não resistiu à notícia de que seu neto tinha falecido e morreu também. Uma história triste, que parece coisa de livro, mas que infelizmente acontece na vida real. Saiba como tudo aconteceu e qual é a forma correta de falar sobre morte com idosos.
Idosa morre ao saber do falecimento do neto
O caso aconteceu na cidade de Santa Bárbara do Oeste, no interior de São Paulo. Dona Maria Laura Cardelíquio tinha 73 anos e fazia tratamento para problemas no coração, tendo todo acompanhamento e cuidado da família. Claro que isso também inclui seus netos, que a acompanham desde pequenos, pois ela era uma avó sempre presente.
Agora, imagine como deve ter sido difícil receber a notícia de que seu neto, Leonardo Trajano Barbosa, faleceu. Ele era muito jovem, tendo apenas 18 anos de vida. Tinha acabado de aprender a dirigir e rodava com uma moto há algum tempo. Porém, quando passava pela Av. Antônio Pedroso, em pleno horário de pico (18 horas), acabou perdendo o controle da moto e atingiu um poste.
Os locais chamaram o SAMU, que o atendeu prontamente, levando-o ainda com vida para o Hospital Dr Afonso Ramos. Infelizmente, seu corpo não conseguiu se recuperar dos ferimentos, não resistindo mais. Todos os familiares ficaram em choque, tendo a difícil tarefa de enterrar Leonardo e, ainda por cima, contar para Dona Maria Laura.
Com todo cuidado, foram contar para a idosa que o neto tinha falecido, porém seu coração não suportou a dor e parou de funcionar. Eles chamaram por socorro, mas já era muito tarde, a avó se juntou ao neto. Ambos os velórios foram feitos no mesmo local, bem como o sepultamento dos corpos.
Como falar sobre morte com a pessoa idosa?
Primeiro de tudo, será que se deve realmente contar? Mesmo que sofra com a notícia, a pessoas tem sim o direito a passar pelo processo de luto e adaptar a vida sem o ente que partiu. Além disso, por ser alguém tão presente, ela poderia se sentir abandonada, esquecida, caso não dissessem a verdade.
Mas como fazer isso corretamente? Claro que não existe uma fórmula mágica que vá funcionar com todas as pessoas, mas alguns cuidados são comuns a todos. O primeiro é pensar na saúde. Se a pessoa tem problemas cardíacos ou se emociona com facilidade, é interessante ter alguém por perto para ajudar – só em caso de necessidade.
Fale abertamente, com delicadeza, contando aos poucos o que aconteceu. Tente tornar a comunicação simples e mostre todo o apoio. Lembre-se de checar a pressão arterial e batimentos cardíacos sempre que possível. Uma boa xícara de chá também pode ser uma boa pedida para esse momento.
A pessoa idosa já passou por muito mais perdas e pequenos lutos, estando – teoricamente – mais preparada que os mais jovens. Porém, isso não é motivo para se deixar de lado aquele cuidado extra, principalmente em casos de doenças cardíacas. O mais importante é mostrar afeto e apoio, principalmente, que ele não está sozinho.
