exercícios para tratar doenças neurológicas
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Exercícios para tratar 6 doenças neurológicas

Com acompanhamento médico, é possível obter grandes benefícios com uma rotina de atividade física

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As doenças neurológicas são muito perigosas porque vão chegando aos poucos e, se não forem tratadas, tomam conta da vida de uma pessoa. Ela se torna refém da doença até que não possa mais suportar.

Essas doenças são Alzheimer, depressão, Parkinson, epilepsia, esclerose múltipla e até mesmo a enxaqueca pode levar à incapacidade de seguir com a rotina.

Mas, além dos tratamentos médicos para curar ou regredir os quadros dessas doenças ao máximo, estudos também sugerem que praticar exercícios é um excelente remédio. Aliás, eles funcionam muito bem como parte de uma vida saudável para prevenir estas doenças.

Quando uma pessoa pratica atividade física ela passa pelo processo de neurogênese que consiste na formação de novos neurônios, preservando a saúde cerebral. A neurogênese reduz inflamações, melhora e conexões entre neurônios, mantendo a pessoa mais ativa e alerta.

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Segundo pesquisadores do Laboratório de Neurociência do Exercício da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parece que o hormônio fabricado pelos músculos durante o exercício tem poder de reverter a perda de memória característica do Alzheimer.

Mas, então, qual tipo de exercício é mais indicado para cada uma dessas doenças? Tudo vai depender do caso de cada paciente e das orientações do médico. Mas, veja o que dizem alguns estudos.

1. Alzheimer

O Alzheimer é uma doença degenerativa que começa com problemas na memória e vai evoluindo até a demência. A atividade física do tipo caminhada e trote, são boas opções.

De acordo com a bióloga Fernanda Felice, uma das pesquisadoras de um experimento feito na UFRJ, parece que as pessoas com Alzheimer possuem uma quantidade menor de irisina no cérebro.

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Esse hormônio é produzido pelos músculos durante os exercícios e é capaz de reverter a perda de memória nos testes feitos com camundongos de laboratório.

2. Parkinson

Pessoas com Parkinson têm falta do hormônio dopamina no cérebro e sofrem com problemas motores. Esse hormônio é altamente produzido durante as atividades físicas. Segundo uma revisão de um estudo feito pela Clínica Mayo, dos EUA, os melhores exercícios para a geração da dopamina são os mais intensos, mesmo em pacientes com a doença em estágio mais avançado, desde que com a supervisão de profissionais.

3. Esclerose múltipla

Essa é uma doença autoimune que vai corroendo a camada que protege os nervos, e que é essencial para a condução dos impulsos nervosos. Então, com o tempo, a pessoa vai perdendo todas as capacidades dos sentidos.

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Como explica o fisioterapeuta Mark Manago, da Universidade do Colorado, os exercícios de força são os melhores para aumentar a força, o equilíbrio e capacidades aeróbicas do corpo, ajudando a manter o cérebro ativo e sempre treinado para todos os mecanismos. Além do mais, manter a rotina de atividade física também ajuda a evitar que outros males afetem o corpo em decorrência da doença.

4. Epilepsia

As pessoas com epilepsia sofrem crises de convulsões, e sempre foi recomendado evitar exercícios físicos para estes pacientes por talvez servirem de gatilho para as crises. Mas, novos estudos surgem e vale a pena saber mais.

De acordo com o neurologista Ricardo Arida, da Universidade Federal de São Paulo, já é sabido que os exercícios são seguros para as pessoas com epilepsia, pois nem os treinos exaustivos são responsáveis por desencadear uma convulsão.

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Ainda conforme diz o médico, praticar atividades físicas pode ajudar a equilibrar o cérebro, reduzindo o número de crises, pois aumenta os níveis de noradrenalina e endorfina, neurotransmissores com efeito protetor, e ativa o sistema opioide, que age como um inibidor das crises.

A recomendação do médico são os exercícios aeróbicos de baixa intensidade com acompanhamento de profissionais.

5. Enxaqueca

Há diferentes níveis de enxaqueca, e esse é um problema ainda bastante misterioso. Mas, de acordo com o neurologista Fernando Kowacs, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, alguns estudo sugerem que o tratamento com medicamentos pode oferecer uma melhor resposta se for combinado com atividade física aeróbica, como corrida, por causa da liberação de endorfina e serotonina, neurotransmissores que atuam como analgésicos naturais.

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6. Depressão

Já no caso da depressão, os médicos costumam recomendar a atividade física sempre que possível. Aliás, é importante ajudar o paciente a criar e manter uma rotina de exercícios do tipo que a pessoa mais gostar e puder praticar. Para algumas pessoas com quadros mais leves, essa prática pode até reduzir ou eliminar o uso de medicamentos, tudo por conta do reequilíbrio hormonal que ocorre durante a prática diária de exercícios.

As dicas desse artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado.

Fonte: Saúde Abril

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