ex-frentista eduardo lima
Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Ex-frentista Eduardo Lima tem obras de arte expostas no Louvre

O mundo dá voltas e a vida traz incríveis surpresas, basta que a gente esteja preparado para recebê-las.

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O ex-frentista Eduardo Lima, agora é um talentoso artista plástico baiano de 46 anos que viu seu trabalho ganhar destaque internacional na recente exposição do Salão Internacional de Arte Contemporânea, em Paris.

No coração da Cidade Luz, nas imponentes paredes do “Carrousel Du Louvre”, duas de suas obras de arte ganharam vida, não apenas com cores vibrantes, mas também com uma narrativa poderosa e inspiradora.

Nascido em Capim Grosso, no interior da Bahia, Lima não apenas pinta, ele conta histórias; ele captura a essência da cultura e do cotidiano nordestino em suas telas.

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A jornada artística de Eduardo Lima é mais do que uma história de sucesso; é uma saga de determinação, paixão e talento transformador. Seu envolvimento com a arte começou de forma modesta, nas oficinas de cerâmica onde seu pai trabalhava.

Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Aos oito anos, ele já esculpia e desenhava, alimentando um amor precoce pela criação artística. A vida, no entanto, o levou por um caminho diferente, inicialmente como frentista em um posto de gasolina. Mas seu coração sempre pertenceu às artes.

Foi nos intervalos do trabalho e nas horas vagas que Eduardo começou a pintar. Inicialmente, era uma atividade pessoal, uma maneira de dar vida às suas visões e emoções.

“Comecei a pintar quadros para mim mesmo e para a minha família no meu tempo livre”, contou o ex-frentista Eduardo Lima à revista ‘Pequenas Empresas & Grandes Negócios’.

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No entanto, o destino tinha outros planos para suas pinturas. Uma obra sua, pendurada na loja de sua esposa Aparecida Cruz, apenas para decoração, atraiu a atenção de um cliente e eles decidiram vender. Assim, Lima inaugurou sua jornada como um “frentista artista”. Esse foi o catalisador que o impulsionou a perseguir seu sonho de se tornar um artista plástico profissional.

Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Então Eduardo fez outro quadro para pendurar no mesmo lugar — e outro cliente quis comprar. “Foi natural assim começar a vender. Eu passei a fazer pinturas depois que chegava do trabalho para vender. Virei um frentista artista”, brincou Eduardo. Levou nove anos até que Eduardo tomou a decisão de deixar de ser frentista para se dedicar ao trabalho de artista.

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A estrada para o reconhecimento não foi fácil. Foram anos de persistência, determinação e autoconfiança. Eduardo não apenas superou as adversidades, mas também transformou sua paixão em uma carreira florescente.

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Seu estilo único, que captura a inocência e a vitalidade da cultura nordestina, encontrou admiradores em todo o mundo, incluindo celebridades como Rodrigo Lombardi e Marcos Biaggi.

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ex-frentista eduardo lima em paris
Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Foi através das redes que a sua arte chegou até o influenciador Felipe Neto, que pediu que o pintor fizesse um retrato seu com o estilo de pintura do sertão nordestino. “O Felipe Neto viu, no Twitter, a minha obra de releitura da Monalisa e do Van Gogh. Foi por acaso mas ele gostou muito e entrou em contato comigo. “Eu fiz e ele gostou tanto que depois entrou em contato para eu fazer um da namorada dele”.

A partir daí, não houve limites para suas conquistas. Hoje, suas obras adornam casas e galerias em mais de 30 países, espalhando a riqueza da cultura brasileira para além das fronteiras.

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A exposição no “Carrousel Du Louvre” é mais do que uma simples vitrine para o talento do ex-frentista Eduardo Lima. É um testemunho de resiliência, criatividade e perseverança.

Suas obras, intituladas “Falando ao Coração” e “Ouvindo o Coração”, não são apenas pinceladas de tinta; são janelas para a infância, para a simplicidade e para a importância da comunicação e empatia na vida.

“São duas pinturas de óleo sobre tela. Faz parte de uma série que criei, com dez obras, entre elas ‘Barquinho de papel’, ‘O menino e o pneu’, ‘amarelinha’, ‘bolinha de sabão’, etc. A linguagem é lúdica, mas passa uma mensagem importante sobre a importância da comunicação e da empatia em todas as fases da vida. Quando alguém tira um momento para escutar nossas alegrias, tristezas ou dúvidas, nos sentimos importantes, e isso nos fortalece e acalma. Nos motiva a não desistir de nossos sonhos e lutas”, afirma.

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Ao lado de sua dedicada esposa, Eduardo celebra não apenas suas conquistas artísticas, mas também o amor e o apoio que o impulsionaram durante sua jornada. O vestido pintado por suas mãos, usado por Cida em Paris, é mais do que uma peça de roupa; é um símbolo do apoio inabalável que permeia sua jornada artística.

“Ela sempre me apoiou e acreditou no meu sonho de artista. E agora cá estamos nós na França”, celebra o artista.

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Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

A história de Eduardo Lima é uma inspiração para jovens artistas aspirantes e um lembrete de que a arte transcende fronteiras, origens e circunstâncias. Sua jornada, marcada por determinação e criatividade, ecoa não apenas nos corredores do Louvre, mas nos corações daqueles que acreditam no poder transformador da expressão artística.

“Espero que a minha história sirva de exemplo para todos os jovens que almejam viver de arte. Eu me emocionei porque lembrei de toda a minha trajetória. De quando pintei a primeira tela, trabalhando de frentista, despretensiosamente. E, logo depois, me despertou o sonho de ver essa obra num ponto mais alto possível. E hoje digo: eu consegui! Eu venci!”, comemora.

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