absorvente biodegradavel
Crédito: Divulgação Arquivo Pessoal

Estudantes brasileiras desenvolvem absorvente biodegradável de R$ 0,02

Adolescentes de 18 anos esperam combater a pobreza menstrual

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Criatividade, inovação e responsabilidade social levaram duas estudantes brasileiras a desenvolverem um absorvente biodegradável que custa apenas DOIS centavos.

Com o projeto, Camily dos Santos e Laura Drebes, ambas de 18 anos, esperam combater a pobreza menstrual: “Comecei a me questionar se poderia haver um absorvente feminino que, além de ecológico, fosse acessível às mulheres em situação de vulnerabilidade”, explicou uma das jovens.

Camily achou inspiração na própria mãe, que durante a adolescência precisou recorrer a maneiras alternativas para lidar com a menstruação, já que não podia pagar por absorventes: “jamais imaginaria que a questão estivesse tão próxima de mim. Assim, foi se formando a ideia da pesquisa”.

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Assim como a mãe da jovem, milhares de mulheres têm que lidar com o período menstrual de forma mais desagradável do que naturalmente deveria ser.

“A situação da pobreza menstrual é muito grave: consiste na falta de acesso à infraestrutura, de informações acerca da menstruação e de materiais básicos de higiene. Isso faz com que milhares de mulheres utilizem materiais improvisados, como pedaços de tecido, jornal, sacolas plásticas e até mesmo miolo de pão. Isso as coloca em um dilema entre comer ou estancar o fluxo durante o período”, completou Laura.

O projeto consiste em sobrepor várias camadas de material absorvível, substituindo algodão por fibra vegetal de bananeira, açaí e juçara.

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“Para a camada de biofilme que substitui o plástico, testamos os subprodutos provenientes do processamento de fármacos da indústria nutracêutica [substância considerada alimento, que pode ter benefícios médicos e de saúde]. Por último, confeccionamos o nosso invólucro de tecido disponibilizado por costureiras da nossa região. Para selecionar o tecido mais adequado, testamos 13 tipos diferentes”, explica Camily.

O baixo custo de R$ 0,02 para a produção de um item higiênico é justificado pela procedência da matéria-prima de descarte. O projeto inovador é um dos finalistas da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Sucesso!

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