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Endocanabinoide: os efeitos naturais da maconha sem usar a planta

Já pensou poder ter os efeitos da maconha de forma mais equilibrada e constante, sem precisar da planta? É possível!

Crédito: Freepik

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Pessoas que fazem uso da maconha, seja medicinal ou recreativa, de forma consciente e responsável, desejam obter efeitos que o corpo humano é capaz de produzir sozinho. O responsável é o sistema endocanabinoide, um dos mais misteriosos e importantes mecanismos do corpo humano.

O que é o sistema endocanabinoide?

O sistema endocanabinoide é como uma rede de substâncias químicas que conectam o cérebro ao corpo. Ele regula funções como aprendizado, memória, controle da dor, da temperatura, do estresse, da inflamação e do apetite.

Mas, é necessário aprender a regular esse sistema para usufruir os efeitos positivos que ele proporciona, melhorando a qualidade de vida e o bem-estar. Então, a forma natural de fazer isso, sem precisar usar a planta ou versões sintéticas feitas em laboratório, é melhorando seus hábitos de alimentação, de atividades físicas e praticando meditação.

Como estimular seu sistema endocanabinoide no dia a dia?

Quando se fuma maconha de qualidade, é possível absorver uma elevada quantidade de canabinoides que fazem parte da planta e que vão promover sensações semelhantes às do sistema endocanabinoide (“endo” vem de “interior”, ou seja, de dentro do corpo), como relaxamento do corpo, sono e apetite. Os efeitos podem variar de pessoa para pessoa, inclusive, de forma negativa em alguns casos.

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Mas, além de a planta ser proibida no Brasil (exceto para casos especiais de uso medicinal), nem todo mundo deseja obter seus efeitos de forma pontual e intensa. Seria melhor que todo mundo soubesse como controlar e estimular esses efeitos para que sejam mais equilibrados e prolongados.

A ciência revela que essas pequenas moléculas semelhantes às da maconha que fluem pelo cérebro e estão em nossa carne, vísceras e ossos podem ser moduladas por nossos hábitos.

Quem dá as dicas é o neurocientista Ricardo Reis, do Laboratório de Neuroquímica do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que é um dos pioneiros do estudo dos endocanabinoides no Brasil.

Ricardo também é o principal autor de um novo artigo chamado “Qualidade de vida e uma revisão do sistema endocanabinoide humano” (em tradução livre do inglês), publicado na revista Frontiers in Neuroscience e revisa o conhecimento mundial sobre o assunto.

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No artigo, o neurocientista explica que os endocanabinoides têm funções antioxidantes, anti-inflamatórias e em mecanismos de proteção das células, com potencial terapêutico para doenças neurológicas, bem como inflamação e obesidade.

Então, o sistema endocanabinoide está pronto e perfeito dentro do corpo para cumprir com suas variadas funções. No entanto, necessita de ajuda externa para conseguir fazer isso com maestria, mantendo equilibrado o nível de endocanabinoides no corpo.

Alimentação saudável e equilibrada

Uma das formas de “ajudar” o sistema endocanabinoide a funcionar bem é alimentando-se com qualidade e equilíbrio, incluindo no cardápio alimento com ácidos graxos ômega-6 e ômega-3, que são gorduras importantes para o funcionamento do corpo humano.

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Atividades físicas regulares

Praticar exercícios físicos regularmente, cerca de 30 minutos a 1 hora por dia, leva à liberação de anandamida, substância responsável pela sensação de êxtase e bem-estar relatada por muitos corredores e ciclistas. Mais do que isso, os exercícios “treinam” o metabolismo para dosar adequadamente os endocanabinoides.

Meditação

Milhares de pessoas gostariam de praticar meditação e não conseguem, seja por falta de tempo, paciência ou desconhecimento de seus benefícios à saúde. O fato é que essa prática milenar é muito poderosa desde a primeira vez que se faz.

Assim como as atividades físicas mais intensas, a meditação diária induz as células do cérebro a liberarem endocanabinoides associados à sensação de plenitude. Assim, as pessoas que meditam regularmente têm menor risco de desenvolver estresse.

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Quer começar? Então veja dicas de como iniciar na meditação

Artigo com informações de O Globo

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