doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador
Crédito: Wikimedia Commons

Doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador

Um surto ainda com causas desconhecidas em Salvador está preocupando moradores

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Uma doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador e ainda não se sabe ao certo o que está a causando. A cidade já passou por momentos de tensão antes, quando surgiu o surto de Zika, há cerca de 4 anos.

Novamente, manchas sem origem comprovada estão assustando a população local. Acompanhe o caso.

Doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador

Novamente as manchas vermelhas estampam as manchetes dos jornais. Ainda com causa desconhecida, cerca de 100 pessoas da Região Metropolitana de Salvador, apresentaram os sintomas.

O primeiro paciente a reclamar da doença foi um morador de um condomínio com 18 prédios e 1.622 apartamentos, de 11 anos. Sua mãe o levou para a emergência por causa de manchas que apareceram rapidamente e que coçavam tanto, que chegaram a sangrar.

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No hospital, ele foi diagnosticado com algo similar à urticária, porém sem causa confirmada. Os exames para Zika, Dengue e Chikungunya deram negativo. Nos dias seguintes, outros moradores do local também apresentaram os mesmos sintomas, sempre sem um diagnóstico efetivo.

O condomínio fica ao lado do Parque Metropolitano de Pituaçu, que abriga um refúgio de mata atlântica nativa, além de contar com uma grande lagoa e espaços de lazer em meio ao verde.

Especialistas afirmam que o parque pode ser um ótimo habitat para pragas e vetores e que daí venha a razão da doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador.

Além da região, outras localidades também apresentaram queixas, como Lauro de Freitas e Camaçari. Os bairros de Salvador que já foram atingidos são Patamares, Canabrava, Canela, Pau da Lima, Fazenda Grande 2, Jardim das Margaridas, Dom Avelar, Cajazeiras e São Marcos.

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As autoridades recomendam que moradores destes bairros e redondezas utilizem periodicamente algum tipo de repelente na pele e em suas casas, até que se tenha conhecimento da causa.

Causas do surto

Ainda se está buscando a causa do problema, mas a hipótese levantada é de que a doença é causada por algum inseto ou aracnídeo.

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses e a Fundação Oswaldo Cruz estão trabalhando para resolver o caso. Para isso, contam com o apoio de profissionais da área de infectologia, epidemiologia, dermatologia, médicos veterinários e biólogos.

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Para tentar descobrir a causa, foram instaladas armadilhas no entorno dos locais identificados como focos da doença, a fim de descobrir sua causa, encontrando assim meios para eliminá-la.

Não se tem ainda um prazo definido para que haja uma resposta definitiva, pois trata-se de algo ainda não registrado no local e que não tem relação com os casos estudados.

Sintomas

A doença misteriosa afetam mais de 100 pessoas em Salvador com o seguinte principal sintoma: surgimento de pequenas manchas ao longo do corpo, podendo atingir pernas, braços, tronco e rosto.

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São manchas que variam de 1 cm a 6 cm, com bordas irregulares e inicialmente, mais claras. À medida em que o tempo passa, elas podem tomar uma coloração mais escura e inflamar, ou até mesmo sangrar.

De acordo com os pacientes diagnosticados, é uma coceira insuportável, melhorando somente com a aplicação dos medicamentos corticoides e antialérgicos passados pelos médicos, com foco em urticária.

Dessa forma, se você ou algum familiar apresentar esses sintomas, nada de tentar passar uma pomadinha para resolver, procure um médico imediatamente. Se a doença evoluir, as manchas podem inflamar e inchar, tornando o processo insuportável.

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Não foram relatados casos de febre, vômito, confusão mental, tontura ou quaisquer outros sintomas, somente as manchas e uma coceira intensa.

Até o momento, as autoridades afirmam que apesar da doença misteriosa afeta mais de 100 pessoas em Salvador, ela não parece ser contagiosa entre humanos, sendo provavelmente causada por uma picada de inseto ou aracnídeo.

Todos os sintomas desaparecem por volta de 6 a 7 dias, não tendo sido relatado nenhum caso de óbito até o momento.

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Como evitar o contágio

É recomendado o uso de repelentes na pele ao longo do dia e da noite. As autoridades estão solicitando que os moradores das áreas de risco utilizem também calças e camisas de manga longa.

Recomendam também o distanciamento de áreas que possam formar habitats, como: jardins, terrenos baldios, locais com areia estocada e afins.

É solicitado que não mexam nas armadilhas espalhadas, a fim de manter a eficiência das mesmas, capturando mais rapidamente o transmissor da doença.

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Não há motivo para pânico, sendo essas apenas ações preventivas, até que se encontre a causa e os meios de eliminar o vetor da doença.

Aproveite para lembrar como combater o mosquito Aedes aegypti:

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