Colar de ambar
Crédito: Wikimedia Commons

Colar de ambar: para que serve, quais os tipos e os cuidados a ter

Ele pode causar sufocamento e engasgos, mas tem sido muito usado em bebês. Entenda o porquê

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Você já ouviu falar sobre o colar de âmbar para aliviar a dor em bebês? Super em alta no momento, ele tem gerado muitas dúvidas. Isso porque, apesar de seus prováveis benefícios, ele oferece risco para os pequenos. Está em dúvida se deve usar ou não? Saiba tudo o que precisa para tomar sua decisão.

O que é o colar de âmbar?

É literalmente um colar (pode ser usada como pulseira ou tornozeleira também) feito com âmbar. O âmbar é uma gema (e não pedra preciosa), pertencendo ao mesmo grupo da pérola, coral e marfim.

Feita de uma resina formada há mais de 30 milhões de anos, ela tem origem vegetal, do pinheiro do tipo Pinus Succinites. Em sua composição, ele conta com o ácido succínico, que se afirma agir sobre o corpo da criança, aliviando diversos problemas.

Para que serve?

O que se diz sobre a utilidade do colar é que ele pode aliviar cólicas, dor e inflamação na gengiva durante o nascimento dos dentinhos e aumenta a imunidade. Além disso, também tem efeito sobre o temperamento, acalmando a criança ou bebê.

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Considerado pelo saber popular como analgésico e anti-inflamatório natural, ele é apontado como um excelente antioxidante e pode até mesmo reduzir a febre.

O que diz a ciência?

colar de ambar cuidados
Crédito: Today’s Parent

A revista Questão de Ciência mostra que a coisa não é tão linda quanto se pinta. Veja o que eles dizem sobre o ácido succínico:

Não há evidências de que o ácido succínico seja liberado pelas pedras ou absorvido pela pele, não há evidências de que o ácido tenha propriedades analgésicas, e finalmente, ele é classificado pela FDA, a Anvisa dos Estados Unidos, como um irritante cutâneo. Sua degradação pode liberar ácido acético (vinagre) e ácido fórmico (principal componente do veneno da picada das formigas comuns), produtos que certamente ninguém quer na pele de um bebê“.

Riscos

Não há nenhum estudo comprovando os benefícios, mas os riscos são reais. Como todo pai e mãe sabem, não se deve deixar nenhum objeto pequeno perto de crianças. Elas vão colocar na boca, nariz, ouvido… É a forma de experimentar o mundo. Consequentemente, isso pode causar engasgos e até sufocamento.

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Outro risco, no caso dos colares, é que ele acabe apertando o pescoço da criança, deixando-a sem respirar.

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Cuidados a ter

Se você realmente optar por usar uma peça de âmbar, apesar dos riscos e não comprovação dos benefícios, o ideal é que não seja um colar. Dessa forma, será um risco a menos. Além disso, nunca — absolutamente nunca — deixe seu bebê usando o colar sem a supervisão de um adulto responsável.

Como saber se é âmbar ou cópia?

Com tanta gente falando dos supostos benefícios, claro que tem os “espertos” que vendem gato por lebre. Para não cair no golpe, faça os seguintes testes:

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  • Pingue acetona na gema. Se ela derreter ou ficar pegajosa, é plástico;
  • Coloque o âmbar na testa e sinta sua temperatura. Se estiver frio, é vidro, pois o âmbar é “morno” ao toque;
  • Faça uma mistura de uma parte de água para duas de sal e coloque o colar. Se for plástico, ele vai afundar, já se for âmbar, ele permanecerá na superfície.

Bom, agora é com você. Será que vale a pena pagar entre 100 e 300 reais em uma moda, que provavelmente não terá o efeito esperado e que pode fazer mal para o bebê? Infelizmente as vezes não há atalhos, algumas coisas são como tem que ser e o melhor a fazer é lidar com elas da melhor forma. Então, respira fundo e cuida direitinho do seu bebê com a ajuda do pediatra, lembrando de separar um tempinho para você também.

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