De acordo com a PEBMED, uma revista voltada para dispor informações para médicos e outros profissionais de saúde, o cisto de Baker é bastante comum de ser encontrado. Por exemplo, entre as pessoas que sentem dor nos joelhos por artrose, ele estava presente em 25,8% dos casos. Da mesma forma, em outras situações, como lesão dos meniscos, o cisto aparece em 60% dos pacientes.
Segundo a revista, da mesma forma que ele aparece relacionado a doenças intra-articulares, pode também estar presente sem elas. Um bom exemplos são as crianças, que tendem a ter o problemas por causa de “um defeito da separação entre a cápsula articular e a Bursa poplítea”. Normalmente, não é identificado, sem causar dores ou limitações.
O que é e causas
Também conhecido por cisto poplíteo, fica na região posterior do joelho. É uma bolsa formada por uma membrana mais firme, bem fechada e com líquido sinovial, que fica entre os ossos, cartilagens e a pele.
Há duas épocas da vida quando ele é mais comum: dos 4 aos 7 anos (também denominado cisto congênito) e dos 35 aos 70 anos. Para os adultos, essa doença está muito mais ligada a doenças de caráter degenerativo ou inflamatório crônico. Elas aumentam a quantidade de líquido sinovial, consequentemente, há maiores chances de desenvolver o cisto.
Exemplos claros das suas causas, em adultos principalmente, através de doenças degenerativas ou inflamatórias crônicas são a artrose erosiva do joelho, artrite reumatoide, articulação de Charcot envolvendo o joelho e artrose pós-traumática em atletas.
Sintomas
Normalmente, o cisto de Baker é assintomático e só é detectado quando se vai fazer exame de imagem, por causa de outros problemas locais. No entanto, se ele estiver localizado mais para a parte externa, provavelmente será percebido pelo toque, como um calombo mais proeminente. Além disso, não tem a textura de um caroço, e sim como um líquido acumulado, móvel.
Em primeiro lugar, por ser geralmente indolor, a dor no joelho só pode ser considerada um sintoma quando o mesmo já estourou, causando maiores problemas e incômodo intenso. Por outro lado, quando estoura, fica muito mais fácil identificar sua presença, mesmo que de forma nada agradável. Veja quais são os principais sintomas do cisto de Baker:
- Percepção de uma massa ou bolsa com líquido, na parte de trás do joelho, de diversos tamanhos;
- Percepção não somente tátil, mas também visual de um calombo na mesma área;
- Dificuldades para abaixar, flexionando o joelho, por conta da dor;
- Trombose venal profunda quando o cisto rompe;
- Inchaço e dor intensa na panturrilha (esse é sinal para ir ao médico imediatamente).
Apesar do cisto em si não causar nenhum problema, quando ele se rompe e causa a trombose venal profunda, o paciente deve ir rapidamente ao médico. Isso, devido a possibilidade de agravamento, com o desprendimento do trombo, que pode evoluir para um trombo-embolismo pulmonar.
Tratamentos
Em crianças, normalmente não há necessidade de nenhum tipo de tratamento, pois desaparece naturalmente dentro de 10 a 20 meses. Claro que, da mesma forma que um caso pode ser mais simples, pode também ser bastante incômodo, variando assim a necessidade de tratamento. Veja quais são as formas mais comuns.
1. Retirada cirúrgica
Quando o cisto está muito grande ou dificultando os movimentos, pode-se optar por uma retirada cirúrgica, aliviando consequentemente, a dor. Atletas também acabam recorrendo à cirurgia, mesmo que não estejam sentindo dor, pois limita a movimentação. Além disso, corre o risco de romper, por causa do movimentação intensa dos mesmos, podendo causar trombose venal profunda.
2. Aspiração
A aspiração é uma técnica que consiste na drenagem do líquido sinovial, localizado na bolsa atrás do joelho, para sua diminuição e redução da dor. Ele é feito com o auxílio de equipamentos de imagem, sendo geralmente guiada por ultrassom, para maior precisão. Com a aspiração, pode-se assim acelerar a cura, principalmente se aliada à injeção.
3. Injeção
Pode ser dada após a aspiração, para que o processo de cura seja mais rápido e efetivo, evitando que o líquido se acumule novamente na região. Isso, além de tratar, ajuda a prevenir problemas futuramente, sendo normalmente utilizado um corticosteroide para tratar. Ele ajuda a reduzir a inflamação e a dor, porém nem sempre é garantia para que não se formem outros cistos.
4. Fisioterapia
A fisioterapia ajuda a fortalecer a musculatura local, dando maior suporte ao joelho, o que torna menor a exigência sobre as articulações. Ela também ajuda a dar uma maior amplitude aos movimentos, sendo essencial para o dia a dia de qualquer pessoa, seja ela uma atleta ou não.
Para evitar complicações, é fundamental procurar um médico de confiança para poder fazer o diagnóstico correto e a melhor forma de lidar com o problema. É essencial que não se tente drenar em casa ou algo semelhante, pois pode causar problemas gravíssimos, como a trombose. Então, ao menor sinal de dor ou outros sintomas apresentados, procure um médico.