bactéria na gestação
Crédito: Freepik

Bactéria na gestação: um perigo para recém-nascidos

Conheça a bactéria que se encontra em 30% das gestantes e que pode comprometer a saúde do bebê

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O nascimento é um momento mágico, quando os pais estão ansiosos pela chegada do seu bebê. Porém, o que poderia ser uma daquelas maiores felicidades da vida, pode se tornar  também um quadro de aflição. Os estreptococos do grupo B são um tipo de bactéria na gestação que representam enorme perigo, podendo comprometer diversas funções vitais do recém-nascido.

Apesar de ser inofensiva para um adulto, ela pode causar muitos problemas no recém-nascido.Por isso muita atenção com ela, para um momento perfeito e sem estresse no nascimento do seu bebê.

O perigo dessa bactéria na gestação

Os estreptococos do grupo B estão presentes naturalmente na região intestinal e no canal vaginal da mulher. Eles são totalmente inofensivos para um adulto, mas representam um alto grau de periculosidade para bebês. Assim, pode haver a infecção do recém-nascido, em locais muito sensíveis, como nas articulações e no coração.

Então, o pequeno pode nascer com inflamação no coração (endocardite) ou com artrite séptica, que gera dores intensas no movimento, com articulações inflamadas. Além disso, também pode desenvolver o quadro de sepsia neonatal. Esse é um dos mais graves, quando o organismo reage negativamente a uma infecção e começa a atacar os seus próprios órgãos e tecidos.

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Caso de contaminação

Um exemplo claro dessa contaminação ocorreu em 2015, no condado de Surrey, na Inglaterra. Nesse caso específico, o bebê contraiu a bactéria durante o nascimento, o que gerou danos no cérebro. Ele foi diagnosticado com meningite, pois não parava de chorar, ficando internado por duas semanas no hospital.

Foi um período de intenso sofrimento para a família, ao presenciar o seu pequeno passando por esse complicado processo logo após o nascimento. Embora tenha escapado com vida, ele desenvolveu algumas complicações após o processo, devido aos danos gerados pela meningite.

Assim, ele tende a ser impulsivo e a ter mudanças rápidas de humor, acompanhadas por dificuldade de compreensão acerca do que acontece no ambiente. Isso também faz com que ele inflija danos em si mesmo, puxando o próprio cabelo ou batendo no próprio corpo. Além disso, há muito ele e seus pais não conseguem ter uma boa noite de sono.

Exame

Na Inglaterra, o exame para a identificação dessa bactéria na gestante se restringe a quem terá parto prematuro ou para quem a bolsa se rompeu há mais de 18 horas. Nesse caso em específico, o exame foi realizado no momento do parto, o que não foi suficiente para evitar todas as complicações posteriores.

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Por outro lado, no Brasil há uma recomendação que as gestantes realizem esse exame entre o oitavo e o nono mês. Assim, essa medida faz com que haja a detecção da bactéria antes de o bebê ter nascido, o que gera maior segurança para o processo de parto. Pode-se medicar ou optar pelo parto cesáreo.

Assim, os pais da criança estão investigando se aconteceu um caso de negligência hospitalar e ao mesmo tempo pressionam o Sistema Nacional de Saúde para que o exame prévio se torne obrigatório. Afinal, com o teste realizado, poderia ter evitado essa condição com a injeção de antibióticos, garantindo uma vida mais tranquila para ele e sua família.

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