Atleta que perdeu patrocínio da Nike por engravidar bate o recorde mundial
Crédito: Instagram

Atleta que perdeu patrocínio da Nike por engravidar bate o recorde mundial

Ela ganhou sua 12ª medalha e provou que mulher pode, sim, engravidar e continuar em sua melhor forma

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Allyson Felix é uma inspiração para toda mulher e homem que lutam contra barreiras do preconceito. Depois de perder o patrocínio da Nike por estar grávida, ela deu a volta por cima em grande estilo. Não apenas ganhou mais uma medalha dez meses depois de ter sua bebê, como também bateu o recorde de ninguém menos que Usain Bolt, o fenômeno do atletismo.

Quer saber algo ainda melhor? Conseguiu mudar a forma com que sua ex-patrocinadora lida com as mulheres. Além disso, está fomentando a discussão acerca do tema em todo o mundo, sentindo-se mais vitoriosa do que nunca. Felix derrubou recordes, barreiras, preconceitos e conquistou o topo na sua profissão, logo depois de ser mãe.

Allyson Felix bate recorde de medalhas

Aos 33 anos, 10 meses depois de dar à luz sua bebê ainda prematura e lutar por sua vida, Felix recebeu sua 12ª medalha de ouro em um Mundial de Atletismo. O fenômeno Usain Bolt tem “apenas” 11. E anda mais: recebeu também sua 13ª medalha, ficando ainda mais orgulhosa de sua trajetória, superações e conquistas.

Em seu post no Instagram, ela escreve: “quebre recordes. Quebre os estereótipos. Quebre barreiras. E faça como uma garota”. Ela aproveita para agradecer o apoio da sua equipe, afirmando que uma conquista nunca é somente do atleta. Ela chama seu time de “um grupo de rompedores de barreira incrivelmente fortes. Um grupo de transformadores do mundo”.

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Para Felix, é muito mais do que um trabalho, um esporte. Competir em alto nível e conquistar vitórias reforça que as mulheres também pertencem a esse universo. Em outro post, ela fala que o esporte e a maternidade se tratam de superação. Durante a crise, ela percebeu “o poder do coletivo. A necessidade de falar sua verdade”.

Caso Nike

Isso tudo porque, no momento em que mais precisava de apoio, sua patrocinadora simplesmente virou as costas para ela. Ao saber que estava grávida, a Nike cancelou seu contrato, deixando de apoiar a atleta. Desolada, ela passou por complicações, como pré-eclâmpsia e teve sua bebê aos 7 meses de gestação.

Mas nem por isso deixou de treinar e se dedicar, pois ao ser mãe ela conquistou mais um papel no mundo, mas não deixou de lado a atleta. Com toda essa situação, ela percebeu que poderia fazer mais e começou a lutar pela igualdade nos esportes. Falou abertamente sobre o caso da Nike e o quanto isso é injustificado.

Falou também do papel da mulher diante de outra. Em uma postagem, ela diz: “mulheres, vamos nos apoiar. Elevar e incentivar. Portas abertas um para a outra. Celebrar e elevar uma a outra. Todas nós podemos ganhar. Isso é sororidade“. Ao invés de somente criticar e apontar para a Nike, ela buscou mostrar para as mulheres que, se estiverem unidas, vão conquistar seu espaço.

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E foi o que ela fez, com maestria, delicadeza e inteligência. Ou como ela insiste em colocar em todas as postagens, #likeagirl (como uma garota). Tanto que a Nike entrou em contato, dizendo que mudou sua postura com as atletas femininas. A marca tem agora uma cláusula “oficial e contratual de proteção materna às atletas que patrocinam. Isso significa que as atletas do sexo feminino não serão mais penalizadas financeiramente por terem um filho”, explica Felix. Mostrou que além de uma grande mulher, mãe e atleta, sabe dar voz a quem precisa.

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