Até quando o luto é normal?

Perder alguém ou algo querido pode ser doloroso e cada pessoa lida de forma diferente com a situação. Mas até quando o luto é normal de fato? Entenda como se dá o processo e qual é o tempo médio para ser considerado saudável ou quando é indício de que precisa de ajuda.

O que é o luto

Todo mundo sofre com o luto, seja por pequenas coisas do dia a dia ou por grandes perdas. Apesar de ser mais conhecido como um processo relacionado à perda de pessoas queridas, ele também pode estar relacionado a coisas. A perda de um emprego, por exemplo, pode fazer a pessoa passar pelo processo, assim como a morte.

Da mesma forma, planos que não deram certo, migrações forçadas, uma doença limitante e muitos outros motivos podem iniciar o processo de luto. Ele passa por diversas etapas, sendo um processo individual, pois cada um evolui entre elas em seu próprio ritmo. Veja quais são as etapas do processo de luto:

• Negação: essa é a fase quando a ‘ficha ainda não caiu’. A pessoa tende a negar o fato da perda, processando o acontecido
• Raiva: consciente de que realmente o fato ocorreu, vem a raiva – de si, do outro, do mundo
• Barganha: é quando se entra no processo de negociação, em que entram as promessas, orações e afins
• Depressão: visto que nada pode mudar o fato, vem a tristeza profunda da perda
• Aceitação: quando o coração se acalma, apesar da saudade, finalizando o processo de luto

As etapas não são lineares, ou seja, podem ir e vir, em ordens diferentes e reiniciar em qualquer ponto. Muitas pessoas ficam oscilando entre a raiva e depressão, antes de chegar de fato à aceitação. Porém, alguns ficam mais tempo nesse processo, podendo se tornar até mesmo, um caso patológico.

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Até quando o luto é normal?

O prazo considerado saudável para passar pelo processo de luto e entre 3 meses e 1 ano. Porém, para algumas pessoas esse prazo pode ser mais longo, podendo chegar até a 2 anos. Porém, algumas pessoas ficam presas entre a raiva e a depressão, sofrendo muito e não conseguindo continuar a vida.

Nesses casos, é fundamental o apoio da família, para que ela consiga passar para o último estágio do luto, a aceitação. Outras vezes, é necessário um acompanhamento mais próximo de um profissional qualificado e de confiança. Pode ser um psicólogo ou um psiquiatra, sempre com foco na melhora e aceitação das mudanças da vida.

Por mais que doa e seja difícil conviver com uma perda, nos seus primeiros momentos, a tendência é que a dor diminua. Não que a saudade não vá existir, ela provavelmente vai aparecer em momentos como aniversários e outras datas especiais. Porém, com o tempo, tende a ser mais leve, principalmente com a ajuda correta.

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