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Antitranspirante faz mal: sim ou não?

O antitranspirante é frequentemente relacionado a doenças como o câncer de mama. Mas será que essa relação faz sentido?

Crédito: Freepik

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O desodorante começou a ser comercializado na América do Norte em 1888, que naquela época tratava-se de uma cera de óxido de zinco. Depois, em 1903, surgiu o primeiro tipo de solução aquosa que também funcionava como antitranspirante. Mas você sabe qual é a diferença entre esses dois tipos de produtos? Também já se perguntou se usar antitranspirante faz mal à saúde? Veja essas respostas a seguir.

Veja também: conheça as causas do suor noturno

Desodorante antitranspirante faz mal?

Crédito: Freepik

Antes de saber se o antitranspirante faz mal, vale a pena entender, brevemente, como ele funciona, a começar pela produção de suor. A função do suor no corpo é ajudar a manter a temperatura ideal, que sobe quando está muito calor ou quando o corpo aquece demais por outro motivo. Também serve para ajudar a eliminar toxinas no corpo, assim como é feito pela urina e pelas fezes. De modo geral, o suor é composto por água e sais que estão naturalmente presentes no organismo.

Você sabe que, quando o corpo sua, fica molhado. Porém, o suor seca com facilidade nas regiões onde ele não fica preso. Já no caso das axilas, ele não consegue secar tão rapidamente, deixando a região mais úmida e própria para a proliferação de bactérias naturais do corpo. Essas bactérias também exercem uma função que é desconstruir as moléculas de suor para que evaporem. Nesse processo libera-se o odor característico que ninguém gosta e é aí que entra o antitranspirante.

Esse produto contém um tipo de sal de alumínio que reage com os sais do suor formando um tipo de gel que bloqueia os poros da pele onde é aplicado. Assim, ele contrai os poros impedindo que a liberação de suor continue por um determinado período.

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Agora você deve estar pensando que, se suar é tão importante para regular a temperatura corporal e eliminar toxinas, não deve fazer bem impedir que suor aconteça. Porém, esse bloqueio da transpiração não é total, e sim, em torno de 20 a 30%, então não chega a ser prejudicial à saúde. Quanto à liberação de toxinas, ela continua acontecendo em todas as outras partes da pele nas quais o produto não foi aplicado, não havendo acúmulo.

Quanto ao mal que a substância composta de alumínio pode fazer, também não há risco comprovado por meio de estudos, já que quando é aplicada na pele essa substância não chega a entrar na corrente sanguínea em quantidade considerável para fazer mal ao organismo ou prejudicar o funcionamento das células.

O que deve ser evitado, para que o produto não entre em contato com o sangue em grande quantidade, é aplicá-lo depois da depilação, quando sem querer ocorrem pequenos cortes feitos pela lâmina.

Portanto, de acordo com o parecer técnico divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no ano de 2014, não há evidências que comprovem a relação entre o uso de antitranspirantes e doenças como o câncer de mama, que é uma das mais mencionadas quando esse assunto é abordado.

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Diferenças entre desodorante comum e antitranspirante

Mesmo sabendo que é um mito dizer que antitranspirante faz mal, também é bom saber a diferença entre esse produto e o desodorante comum. Essa diferença é que o desodorante comum não contém esse composto capaz de bloquear as saídas de suor onde é aplicado.

O que ele faz (e o antitranspirante também faz) é limpar a pele das bactérias que atuam causando o mau cheiro, por meio de substâncias como álcool, triclosan (que potencializa a ação do álcool) e fragrâncias agradáveis para deixar as axilas cheirosas.

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