Estar ao lado de pessoas que nos fazem sentir mais completa é maravilhoso. Sejam pessoas da família, amigos ou um parceiro. Enquanto os relacionamentos estão bem, nos colocamos em uma zona de conforto e criamos hábitos dos quais não imaginamos mudar.
Mas como a vida é uma constante transformação, alguns relacionamentos acabam. As pessoas se afastam, deixam de apreciar a companhia uma da outra ou simplesmente sentem que aquela fase da vida já cumpriu seu propósito.
Nessas horas, temos que estar preparadas para viver sentimentos que causam dor, confusão e, às vezes, revolta. A mente parece perder o controle, o coração parece que dilacera. Mas tudo isso acontece porque um grande aprendizado está querendo acontecer. Precisamos deixá-lo se apresentar e explicar a que veio.
Esse grande aprendizado chega para ensinar que podemos nos acalmar e compreender que a vida tem dessas coisas, momentos bons e ruins, que começam e que terminam. Essa é a graça, a beleza, a loucura de ser humano.
Para lidar com situações difíceis como o sentimento de perda ou de abandono, temos que começar olhando para dentro e perceber que não é possível sentir o amor genuíno por outra pessoa quando não sentimos verdadeiro amor e respeito por nós mesmas. Antes de apreciar a companhia do outro, precisamos apreciar nossa própria companhia.
É um grande erro achar que sua vida só tem sentido se estiver ao lado de determinada pessoa. Isso não se chama amor, se chama apego. E ele faz mal, engana e machuca.
Depois de se acalmar e perceber que você é sua melhor amiga, antes de qualquer outra pessoa, é possível desenvolver a empatia pelos outros e pelo mundo. Aprender a respeitar o fato de que as pessoas têm vontades próprias, diferentes das suas. Elas têm desejos, ambições e sonhos. E não tem nada de errado se esses sentimentos não incluírem você.
Acredite, será um alívio compreender que quando alguém age com você de um jeito que você considera errado, mentiroso ou enganoso, o problema não está em você. Mas também não é motivo para ter sentimentos destrutivos, como raiva e ódio, pois aquela atitude era o que a pessoa tinha para oferecer naquele momento. É o caminho dela, o aprendizado dela, a vida dela.
Com o amor próprio e a empatia no coração, você aceita que as pessoas são livres para estar aonde e com quem quiserem. Ninguém pertence a ninguém. Lembre-se desse lindo ditado: “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você”.

