Agricultura celular
Crédito: Freepik

Agricultura celular: alimentos de origem animal sem agredir os animais

Já pensou podermos comer todos os tipos de carne, sabendo que nenhum animal está morrendo com sofrimento para nos alimentar?

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Você sabia que a criação de gado, sozinha, é responsável por cerca de 14,5% das emissões globais de gases do efeito estufa? Esse é um bom motivo para você conhecer melhor a agricultura celular, mesmo que não tenha a intenção de ser vegano ou vegetariano.

O que é a agricultura celular?

A cada ano que passa, aumentam e melhoram as tentativas de produzir alimentos de origem animal sem necessidade de criar, abater e processar animais. Ou seja, sem fazer mal a eles e reduzindo consideravelmente os danos ao planeta.

Uma das formas que está em evidência atualmente é a agricultura celular, técnica que vem sendo testada e aprimorada por algumas empresas, como a start-up Perfect Day.

Seus cofundadores são Perumal Gandhi e Ryan Pandya, bioengenheiros de Berkeley, na Califórnia (Estados Unidos), que atuam fornecendo a fungos de laboratório sequências genéticas usadas pelas vacas para produzir certas proteínas do leite, como a proteína do soro.

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Em vez de retirar DNA de uma vaca, os bioengenheiros inserem nos fungos genes já decodificados para as proteínas do leite. Então, os fungos produzem as proteínas em um processo de fermentação e o produto resultante pode ser usado para criar um líquido com propriedades similares ao leite ou para fabricar sorvetes ou queijos cremosos.

O trabalho da Perfect Day é apenas um exemplo do que se pode fazer usando genes ao invés dos animais que nascem, crescem e morrem dentro de indústrias.

Outro exemplo é a TurtleTree Labs, de Singapura, a primeira empresa do mundo a usar células-tronco de mamíferos para produzir leite, incentivando as células a fabricar o produto em enormes biorreatores. É um trabalho sensacional!

O hambúrguer do futuro

O futuro dos hambúrgueres já chegou e está na agricultura celular. Em 2013, o cientista Mark Post apresentou o primeiro hambúrguer do mundo criado em laboratório, formado por pequenos feixes de fibras musculares produzidas com o cultivo de células retiradas de uma vaca.

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Agora, a companhia Mosa Meat, de Mark Post, pode criar 80 mil hambúrgueres com apenas uma amostra de células do tamanho de uma semente de gergelim.

Os benefícios da agricultura celular para o planeta Terra

Conhecer e apoiar a agricultura celular é benéfico para os animais que vão ser libertados, para as próprias indústrias que vão reduzir seus custos e otimizar seus processos e, mais importante de tudo, para o Planeta, pois sem ele não existe nós.

Com menos necessidade de vacas para a produção de leite e de carne, espera-se que a agricultura celular possa reduzir a quantidade de metano – um gás do efeito estufa que captura até 25 vezes mais calor que CO2 durante seus primeiros 100 anos na atmosfera.

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Tem também a redução de custos e emissões de gases com o transporte, pois os biorreatores poderão, em tese, ser instalados mais perto dos locais de venda do leite que nas fazendas.

Ou seja, até agora, só vemos benefícios em conhecer melhor e apoiar essa forma revolucionária de produzir alimentos. É importante se interessar por esse tema e apoiá-lo, pois ainda existem diversas barreiras para que o processo de torne o principal.

Uma das barreiras é a mentalidade das pessoas, e isso só muda com o passar do anos e com a disseminação do conhecimento.

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Veja também: Alimentos processados são sempre piores que suas versões naturais?

Artigo com informações de UOL Tilt

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