Vizinhos pedem ajuda depois que seus cães foram jurados de morte
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Vizinhos pedem ajuda depois que seus cães foram jurados de morte

Até agora dois moradores da mesma rua denunciaram caso à polícia, que segue investigando suspeitos

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Duas pessoas residentes na região da Vila Clementino, na Zona Sul de São Paulo, receberam cartas anônimas ameaçando seus cachorros de morte caso não fossem tirados de casa até o dia 30 de janeiro. As cartas estavam na caixa de correio, sem remetente, mas com a mesma assinatura feita à caneta.

Ainda não se sabe se mais pessoas da vizinhança, donas de cachorros, receberam a mesma carta. Por enquanto, apenas dois vizinhos procuraram a Polícia Civil para fazer uma denúncia. Foi na delegacia que eles se conheceram, embora sejam vizinhos que vivem a cerca de 100 metros de distância.

O conteúdo da carta

As cartas que os vizinhos receberam possuem o mesmo conteúdo ameaçador. São uma prova de que vieram do mesmo remetente, que é anônimo, mas com endereço de uma indústria perto de uma delegacia na Zona Sul da capital.

“Ao dono do cachorro

Seu cachorro será morto, silenciosamente e em algum dia, a partir as 00:00 horas do dia 30/01/2021 caso você não siga rigorosamente a instrução abaixo:

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Você tem o prazo até a data acima mencionada para colocar seu cachorro, ainda com vida, em outro lugar para viver. Desde que seja longe do bairro Planalto Paulista e daquela vizinhança.

Seu cachorro late, há muito tempo, descontrolada e diuturnamente fora da normalidade de um convívio social. Perturbando portando em demasia, contundente, de forma anormal e recorrentemente uma vizinhança inteira de um bairro estritamente residencial. Onde moram pessoas e famílias com bebês, crianças, idosos, enfermos e trabalhadores que merecem e tem direito ao descanso e ao silêncio.

Fique ciente que este é seu único aviso. Somos profissionais e muito bem pagos pelo nosso trabalho. Tenha certeza que já realizamos trabalhos piores e nunca falhamos. Seu prazo e nosso trabalho são inegociáveis e irreversíveis.

Como prova de nosso profissionalismo deixaremos uma marca de tinta branca no seu carro. A próxima não será tinta nem branca.

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Não entraremos mais em contato”.

Pedido de ajuda nas redes sociais

Mesmo depois de fazer a denúncia na delegacia, o professor Vitor Assano, que recebeu a carta por ser tutor da cadelinha Sol, de 10 anos, resolveu expor a ameaça no seu Instagram para tornar o caso público e alertar a população.

Vitor chegou a pensar que precisava tomar uma medida emergencial para que Sol parasse de latir. Entrou em contato com um adestrador, que constatou que não há nada de errado com ela.

Sol é uma cadelinha comum, que foi adotada por Vitor em 2012. No começo ele conta que teve algumas reclamações, mas tudo ficou bem depois disso. Sol late como qualquer cão, quando vê uma movimentação de outro cachorro passando, de um entregador que se aproxima,

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“Estamos nos sentindo assustados. Nas primeiras noites, não conseguimos dormir. É aterrorizante, uma sensação de vulnerabilidade muito grande. Essa pessoa tem meu endereço”, disse Vitor.

A outra vítima

Além do professor Vitor, uma outra mulher, que é sua vizinha, foi a segunda pessoa que denunciou o caso na delegacia, após ter o carro manchado com tinta branca, como estava na carta. Segundo ela, a carta foi recebida no dia 13 de dezembro, e se referia aos seus 4 cachorros.

“Fui na garagem e vi que jogaram tinta branca no carro. Aí, vi que tinha uma carta na caixa de correios ameaçando matar meus cachorros se eu não me livrasse deles até a data que essa pessoa quer”, disse a moradora do bairro.

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O que está sendo feito a respeito do caso

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil investiga os casos. “A equipe de investigação realiza diligências para localizar imagens de câmeras de segurança e outros procedimentos de polícia judiciária para identificação da autoria”, informa trecho do comunicado.

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