Verdades sobre os castigos infantis
Crédito: Freepik

4 Verdades sobre os castigos infantis

É possível viver em paz com as crianças quando elas se sentem respeitadas e compreendem o impacto de suas atitudes

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O castigo é uma punição que os pais ou responsáveis dão a uma criança quando ela desobedece ou faz algo errado. A ideia é que o castigo ajude a criança a entender que não deve cometer o mesmo erro outra vez. Mas, existe uma grande diferença entre educar por meio da conscientização e usar de violência (física ou verbal) achando que está ensinando algo de bom.

1. O castigo errado impede a autodisciplina

Quando uma criança é castigada por fazer algo errado, ela apenas aprende que não pode fazer aquilo ou irá sofrer uma consequência desagradável.

Mas seria muito mais útil se a criança entendesse o motivo de não poder fazer o que fez e aprendesse a fazer do jeito certo, sem a necessidade de gritos, ameaças ou punições.

Se essa conscientização não acontece, ela perde a oportunidade de desenvolver a autodisciplina e amadurecer com inteligência emocional.

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2. O castigo dado de forma errada cria pessoas submissas e mecânicas

Quando uma criança é castigada com frequência, ela só aprende que precisa agir conforme a expectativa do adulto ou sofrerá. Assim, ela vai desenvolver um comportamento submisso e mecânico com relação a si mesma e aos outros., não só na infância, mas ao longo da vida.

Agora, quando a criança faz algo errado e o adulto senta com ela e explica sobre seu erro, incentivando que ela reflita de forma lógica sobre o que fez, ela vai se tornando capaz de analisar as situações e tomar decisões com sabedoria, não por medo de sofrer uma punição, mas porque faz sentido.

3. O castigo pode ser inteligente

Se a punição for dada na forma de um ensinamento lógico e uma consequência natural, está valendo. O que não faz sentido é bater na criança, gritar com ela ou fazê-la se sentir humilhada por ter cometido ou erro ou desobedecer.

Por exemplo, se uma criança quer ir ao parque, mas se recusa a colocar os sapatos para sair de casa, o “castigo” vai ser fazê-la refletir que, sem sapatos, ela terá que ficar sentada no banco do parque, pois não é seguro brincar descalça.

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Outro exemplo, se uma criança está sentada na mesa do almoço e começa a jogar sua comida no chão, o castigo será explicar para ela que a comida do chão ficou suja e vai deixá-la doente, então não é seguro comer. Sendo assim, ela ficou sem ter o que comer.

Claro que o adulto não vai deixar a criança passar fome por causa disso. Mas, naquela refeição, sua oportunidade de comer terminou. Ela deve compreender, de forma simples e clara, que existe uma consequência lógica para todas as suas atitudes, e não precisa de violência para isso.

4. A necessidade de castigos diminui no ambiente preparado

Quando uma criança tem liberdade para explorar o mundo à sua volta com segurança, o risco de ela cometer erros e desobedecer diminui consideravelmente. Se os pais quiserem fazer esse teste, precisam adaptar a casa para que a criança seja capaz de desenvolver habilidades, responsabilidades e autodisciplina, de acordo com a capacidade mental dela.

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Por exemplo, quando a caixa de brinquedos fica ao alcance da criança, o adulto pode dar a ela a responsabilidade de guardar os brinquedos todos os dias depois de brincar para que ela possa brincar no dia seguinte.

Outro exemplo, se você quer que a criança sinta prazer em se dedicar às tarefas atribuídas a ela na casa, essas tarefas precisam estar ao alcance dela, como armários baixos para guardar a própria roupa limpa.

Quando a criança sente que suas tarefas são importantes para a rotina da casa, ela vai se sentindo mais motivada a cooperar ao invés de fazer travessuras para chamar a atenção. Claro, para isso também depende de os adultos estarem sempre presentes, mostrando que estão orgulhosos quando a criança se comporta conforme o esperado.

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