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Vacinação em crianças contra Covid: veja por que é tão importante

Vacinar as crianças contra Covid é mais uma forma de evitar que o vírus se espalhe, gerando novas variantes e casos graves

Crédito: Freepik

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Desde o início da pandemia, ouvíamos falar que as crianças não faziam parte de um grupo de risco e, mesmo que contraíssem Covid, os sintomas seriam quase imperceptíveis. Mas, não foi bem assim na realidade. Por isso, as autoridades competentes estão recomendando fortemente a vacinação em crianças.

De acordo com o Ministério da Saúde, ao menos 2.500 crianças de zero a 19 anos, sendo que 300 destas entre 5 e 11 anos, morreram em decorrência da Covid-19 no Brasil.

Pelo menos 1.400 crianças foram diagnosticadas com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica associada ao SARS-CoV-2 e, atualmente, são elas que correm mais risco diante de novas variantes altamente transmissíveis, como a ômicron, caso não estejam vacinadas.

Diante dessa situação, nas últimas semanas a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid (Secovid), do Ministério da Saúde, e outras entidades médicas brasileiras emitiram notas apontando os motivos da importância da imunização infantil no combate à pandemia no Brasil.

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Vacina contra Covid: certezas e dúvidas sobre o futuro

Por que a vacinação em crianças conta Covid é importante?

Um dos principais motivos para fazer a vacinação em crianças é impedir casos graves e mortes nessa faixa de idade, além de evitar ao máximo novas ondas de transmissões.

De acordo com a  Associação Médica Brasileira (AMB), “a imunização é indispensável para reduzir a transmissão, em particular por enfrentarmos uma doença com ciclos inesperados e o surgimento de novas variantes. Vemos agora novas ondas na Europa e nos Estados Unidos, atingindo, proporcionalmente, muito mais crianças e adolescentes do que há dois anos. Faz-se necessária a urgente aquisição das doses pediátricas pelo Ministério da Saúde”.

Em uma outra nota, assinada por mais de 11 entidades médicas, a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI-Covid) disse que “a chegada de uma nova variante como a ômicron, com maior transmissibilidade, faz das crianças (ainda não vacinadas) um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária desta variante. Neste contexto epidemiológico, torna-se oportuno e urgente ampliarmos o benefício da vacinação a este grupo etário”.

A aceitação à vacina no Brasil

Apesar de tantas negligências do governo brasileiro com relação aos cuidados necessários para combater a pandemia, sobretudo agindo contra a vacinação, grande parte da população entendeu a importância das vacinas.

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Conforme mencionou o médico Claudio Lottenberg em matéria para a Veja, o Brasil já tem mais de 143 milhões de pessoas completamente imunizadas (duas doses ou dose única), o equivalente a cerca de 67% da população, e avança na aplicação da terceira dose.

Ao todo, até o início de janeiro de 2022, já foram aplicadas mais de 320 milhões de doses e, ainda em novembro, o país havia ultrapassado os Estados Unidos em proporção da população vacinada.

Veja também: Ser vacinado no período da tarde é mais vantajoso, diz estudo

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As reações em crianças em outros países

Os pais se preocupam com a reação que seus filhos podem ter à vacina, já que as reações foram variadas nos adultos.

Mas, isso não é motivo para deixar de vacinar as crianças e adolescentes, principalmente agora que os casos de infecção nesse grupo estão aumentando e, aí sim, os sintomas podem ser muito perigosos.

Para deixar os pais mais tranquilos, os resultados em relação à segurança da vacinação infantil são positivos. Dados do Centro de Controle de Doenças dos EUA mostraram que a incidência de efeitos adversos causados às crianças pela vacina é rara.

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Um levantamento feito pelo órgão estadunidense, considerando o período de 3 de novembro a 19 de dezembro, mostrou que, em 8,7 milhões de doses ministradas ao público de 5 a 11 anos, houve pouco mais de 4,2 mil registros de complicações – e, nestes casos, 97,6% não eram efeitos sérios.

O CTAI-Covid lembrou que, além da Europa e dos Estados Unidos, países da Ásia, África e América do Sul têm utilizado vacinas de vírus inativado, como a CoronaVac (do Butantan e da Sinovac), em milhões de crianças a partir de três ou cinco anos. “Até o momento, os dados disponibilizados apontam para a manutenção da avaliação favorável à vacinação dessas crianças”.

Quando começa a vacinação em crianças?

Em uma coletiva de imprensa no dia 5 de janeiro, o ministro Marcelo Queiroga anunciou que a vacinação na faixa etária de 5 a 11 anos vai começar ainda em janeiro, com intervalo de dois meses (oito semanas) entre a primeira e a segunda dose. A partir do dia 14, as doses começariam a ser distribuídas aos municípios.

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O documento divulgado pela pasta aos jornalistas presentes diz que “para a imunização desse grupo será necessária a autorização dos pais” e acrescenta que “no caso da presença dos responsáveis no ato da vacinação haverá dispensa do termo por escrito”.

Para fazer a vacinação em crianças não há exigência da prescrição médica, mas recomenda-se que seja feita uma consulta com o pediatra para garantir que a criança pode fazer a vacinação sem contraindicações.

Na coletiva, o ministro também destacou que a decisão foi baseada nas informações coletadas na consulta pública.

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“A vacina para as crianças é produzida pela Pfizer e tem uma dosagem diferente daquela distribuída para adultos. A vacina foi aprovada pela Anvisa e, logo após essa aprovação, o Ministério da Saúde fez uma consulta pública. Depois fizemos uma audiência pública com diversos profissionais e, a partir das informações obtidas na audiência pública e com total atenção ao que foi dito pelo ministro Lewandowski, estamos aqui.”

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Fontes: Veja; Instituto Butantan; CNN Brasil

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